“E veja, a gente aqui de novo. Até parece replay.” Com Henrique e Juliano tocando ao fundo, a PDG Realty (PDGR3) parece estar vivendo um déjà vu. Depois de tomar mais um enquadro da B3, a construtora tenta — pela segunda vez no ano — abandonar o status de penny stock.
Após consecutivos meses negociando as ações na casa dos centavos na bolsa brasileira, a incorporadora foi cobrada, outra vez, de aumentar as cotações por meio de um grupamento na B3.
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Isso porque a bolsa brasileira determina regras para inibir a negociação de penny stocks, como são conhecidas as ações que negociam a menos de 1 real.
Afinal, além do preço baixo, as ações de menor valor na bolsa tendem a passar por oscilações de preços ainda maiores do que o restante dos ativos do mercado acionário.
PDG Realty (PDGR3): penny stock nunca mais?
Segundo as normas da B3, uma ação não pode passar mais do que 30 pregões cotada abaixo de R$ 1. Quando isso acontece, a empresa em questão é notificada para que apresente um plano de adequação de preço.
No caso da PDG Realty, as ações PDGR3 negociam abaixo desse piso desde 10 de março de 2025.
Atualmente, os papéis são cotados a R$ 0,39 na B3 e acumulam desvalorização de 68% desde o começo do ano.
Com ações dizimadas a pó, a construtora já perdeu praticamente 100% do seu valor de mercado desde a estreia na bolsa brasileira, em 2007.
A desvalorização das ações acontece em meio a um processo de reestruturação de dívida, com queima de caixa e aumento de capital. Vale lembrar que, três anos atrás, a PDG havia saído de uma recuperação judicial com uma dívida de mais de R$ 5 bilhões.
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Quando acontecerá o grupamento das ações PDGR3?
A B3 estipulou como prazo limite para a PDG Realty deixar o patamar de penny stock até 12 de novembro de 2025.
Com o intuito de reenquadrar a cotação dos papéis para um patamar superior a R$ 1,00, a PDG traçou o cronograma para o novo grupamento das ações na bolsa.
A ideia é que até 30 de setembro o conselho de administração se reúna para discutir a proposta e definir questões como a proporção do grupamento, o tratamento para as frações de ações resultantes da operação e a adequação do estatuto social da companhia.
A construtora também deverá convocar os acionistas para votarem o grupamento em uma assembleia geral extraordinária (AGE), que está prevista para acontecer até o fim de outubro deste ano.
Vale lembrar que, se o cronograma for cumprido à risca, essa será a segunda vez, só em 2025, que a PDG realizará um grupamento de ações.
No início do ano, os acionistas da incorporadora já haviam aprovado uma outra proposta de grupamento de 100% das ações, na proporção de 125 para um.
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