O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não parece ser fã de tacos — não o prato mexicano, e sim o termo que tem sido adotado para definir suas políticas tarifárias, apelidada de “TACO Trade”, sigla para “Trump Always Chickens Out” (Trump Sempre Amarela).
Nesta quarta (29), quando questionado pela rede CNBC sobre o termo, na Casa Branca, Trump negou que já tenha recuado e sugeriu que suas ações ajudaram os EUA a ganharem terreno nas negociações comerciais.
“Depois que eu fiz o que fiz, a União Europeia disse: ‘Podemos nos encontrar quando você quiser’”, afirma Trump, após o bloco ter sido o novo alvo de uma tarifa de 50% imposta pelos EUA — antes de o próprio presidente anunciar, dois dias depois, o adiamento dessa medida.
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“Você chama isso de amarelar? Isso se chama negociação”, afirmou o presidente americano, e concluiu dizendo que é “triste que agora, quando eu fechar um acordo com eles, algo muito mais razoável, vão dizer: ‘Ah, ele amarelou, ele amarelou’”.
O termo “TACO Trade” foi criado por Robert Armstrong, colunista do jornal Financial Times, para descrever o padrão em que Trump anuncia novas tarifas pesadas, fazendo os mercados despencarem, e depois as adia ou suaviza, provocando uma recuperação nas bolsas.
Morde e assopra com a União Europeia?
As ações caíram na última sexta-feira (23), depois que Trump defendeu que os EUA aplicassem a tarifa de 50% sobre o bloco europeu a partir de 1º de junho.
Já no domingo (25), ele mudou de ideia e afirmou que adiaria o prazo para 9 de julho, após um pedido da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, por uma extensão.
Não foi a primeira vez que Trump reverteu abruptamente suas próprias políticas comerciais.
Tática se repetiu em outras tarifações de Trump
Trump anunciou, no dia 2 de abril, tarifas “recíprocas” individualizadas contra quase todos os países do mundo, com alguns enfrentando taxas de 30% ou mais.
Na semana seguinte ao anúncio, com pregões complicados em Wall Street, Trump declarou que reduziria o tarifaço para 10% por 90 dias — notícia que aliviou a pressão sobre os mercados, que reagiram com as maiores altas diárias da história das bolsas dos EUA.
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A guerra comercial da administração Trump com a China também teve uma história similar.
Também em abril, o republicano aumentou tarifas contra a Gigante Asiática para até 145%, provocando retaliações e assustando investidores.
Depois de um mês, Trump pesou menos a mão contra a China e reduziu a tarifação para 30%, após uma primeira rodada de negociações comerciais.
*Com informações da CNBC
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