Após o terremoto de magnitude 7,7 atingir Mianmar e ter reflexos na Tailândia e outros países asiáticos, as equipes de resgate trabalham incansavelmente em busca de sobreviventes presos nos escombros do que restou, em especial, da segunda maior cidade de Mianmar, Mandalay.
O terremoto registrado na sexta-feira (28/3) teve epicentro próximo a Mandalay, derrubando prédios e danificando a infraestrutura da cidade, que tem 1,5 milhão de habitantes.
Veja:
As operações de resgate enfrentam atrasos devido a estradas bloqueadas, pontes destruídas, falhas na comunicação e desafios de locomoção em um país em guerra civil.
A busca por sobreviventes tem sido majoritariamente conduzida por moradores locais. Eles não dispõem de maquinário adequado e trabalham com as próprias mãos ou pás. O país enfrenta temperaturas altas, de mais de 40ºC.
Do outro lado da fronteira, na Tailândia, equipes de resgate trabalharam durante toda a noite procurando sobreviventes nos escombros de um prédio de 30 andares em construção em Bangkok que desabou em segundos devido ao terremoto. O colapso da torre pegou de surpresa dezenas de trabalhadores, que ficaram presos em uma montanha de escombros e vigas de aço distorcidas.
Mobilização internacional
A China disse que enviou 82 equipes de resgate e prometeu US$ 13,8 milhões em ajuda humanitária de emergência.
Um avião carregado com kits de higiene, cobertores, alimentos e outros itens essenciais pousou em Yangon, vindo da Índia, no sábado (29/3). Coreia do Sul, Malásia e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) também anunciaram assistência ao país.
No sábado, o presidente chinês, Xi Jiping, expressou condolências ao líder de Mianmar. Em uma mensagem, o presidente disse que “ficou chocado ao saber do forte terremoto”. “Em nome do governo e do povo chinês, Xi lamentou as mortes e expressou sinceras condolências às famílias enlutadas, aos feridos e às pessoas afetadas pelo desastre”, informou em nota o país.
“Vamos ajudá-los (…) O que está acontecendo é terrível”, declarou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sexta (28/3).
O rei Charles III, do Reino Unido, e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, expressaram suas condolências.
Agências de ajuda humanitária avaliam que Mianmar não tem condições de lidar com um desastre dessa magnitude. O conflito em curso deslocou cerca de 3,5 milhões de pessoas, de acordo com a Organização das Nações Unidas, que alertou, no final de janeiro, que 15 milhões de pessoas corriam o risco de passar fome até 2025, mesmo antes do terremoto.