Há quem diga que é impossível projetar o futuro sem conhecer o passado. No caso da Vale (VALE3), os dados operacionais do quarto trimestre e de 2024 ajudarão a desvendar os caminhos que a mineradora deve percorrer em 2025.
Depois do fechamento do mercado, a Vale informou que a produção de minério de ferro somou 85,279 milhões de toneladas métricas (Mt) entre outubro e dezembro de 2024, o que representa uma queda de 4,6% em base anual. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve baixa de 6,3%.
Considerando 2024 como um todo, a produção de minério de ferro da Vale somou 327.675 Mt, um aumento de 2% sobre 2023 e ligeiramente abaixo da previsão da própria mineradora, de 328 Mt. Para 2025, o guidance da Vale para a produção de minério é de 325 Mt a 335 Mt.
A produção de pelotas, por sua vez, somou 9,167 Mt no quarto trimestre de 2024, o que representa uma queda de 6,9% em base anual e de -11,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em 2024, a produção de pelotas somou 36,891 Mt, um aumento de 1,2% sobre 2023 e abaixo dos 38 Mt previstos para o ano. Em 2025, a Vale espera produzir entre 38 Mt e 42 Mt de pelotas.
Já as vendas de minério de ferro caíram 10,1% entre outubro e dezembro na comparação com o mesmo período de 2023 e um tiveram uma leve baixa de 0,8% na base trimestral, para 81,196 Mt. Em 2024, as vendas de minério somaram 306,652 Mt, 1,9% acima de 2023.
As vendas dos finos de minério somaram 69,912 Mt, uma queda de 10,2% ano a ano, mas uma alta de 0,8% trimestre contra trimestre. No ano, as vendas somaram 260,314 Mt, um aumento de 1,4% em relação a 2023.
Já as vendas de pelotas alcançaram 10,067 Mt, uma queda de 2,1% na comparação anual e de -0,7% em termos trimestrais. No ano, as vendas de pelota da Vale subiram 6,9% ante 2023, para 38,3 Mt.
O desempenho pressiona os papéis da Vale no after market em Nova York. Os ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora chegaram a recuar 1% assim que os dados operacionais foram divulgados.
Por aqui, as ações da Vale também caíram no pregão regular. Isso porque o mercado se concentrou no que está no horizonte da companhia: a previsão do Citi indicando que a demanda da China por minério de ferro será reduzida em 80 milhões de toneladas.
As ações VALE3 fecharam o dia com queda de 2,43%, cotados a R$ 52,65, depois que o banco disse que o apetite chinês mais fraco vai prejudicar os preços do minério e as vendas da Vale. Em janeiro, o ativo acumula perdas de 3,5%.
A previsão, no entanto, fala mais sobre como será 2025 para a mineradora. Antes, porém, é importante olhar outros números da companhia no quarto trimestre de 2024.
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Os preços praticados pela Vale
O relatório operacional da Vale, considerado uma espécie de prévia do balanço, também mostrou que os preços dos finos de minério de ferro no quarto trimestre de 2024 caíram 21,4%, para US$ 93 por tonelada. Na comparação trimestral, houve alta de 2,6%.
Em 2024, os preços dos finos de minério praticados pela Vale foram de US$ 95,30, o que representa uma queda de 11,8% em relação a 2023.
Já os preços das pelotas de minério baixaram 12,5% na comparação anual, para US$ 143. Em base trimestral, houve queda de 3,5%. No ano, os preços somaram US$ 154,6, uma redução de 4,5% sobre 2023.
Em termos de comparação, na segunda-feira (27), o contrato mais negociado do minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para entrega em maio de 2025, fechou em alta de 1,06%, cotado a US$ 111,85.
Hoje não houve negociação por lá por conta do feriado do Ano Novo Chinês.
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*Conteúdo em atualização
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