Donald Trump ainda não retomou oficialmente a posição na Casa Branca, mas já está anunciando os planos de governo através da rede social Truth Social (uma espécie de Twitter criado pelo republicano). E, novamente, o tema da vez foram as taxações.
Depois de anunciar o aumento dos impostos para China, México e Canadá, os três maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos, o “alvo” da vez são os Brics, grupo que contempla Brasil, Rússia, Índia, China, Irã, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e África do Sul.
Mais especificamente, o plano de moeda única do grupo, que visa reduzir a dominância do dólar nas negociações.
“Acabou a ideia de que os países do Brics vão tentar se afastar do dólar enquanto ficamos parados, só assistindo”, escreveu o presidente eleito, no sábado (30).
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Trump ameaçou impor tarifas de 100% caso o grupo prossiga com a ideia de criar uma moeda comum ou mesmo se apoiar outra moeda que prejudique a dominância do dólar. “E também podem dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia dos EUA”, acrescentou.
O que está por trás das ameaças de Trump?
Alguns aliados do republicano afirmam que as declarações recentes na Truth Social podem ser lidas mais como estratégia de negociação do que promessas em si.
“As ameaças de taxação contra o México e o Canadá produziram efeitos imediatos”, comentou o senador republicano Ted Cruz, à CBS. Ele faz referência ao fato de que o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, viajou para a Flórida de última hora para discutir as possíveis novas tarifas com Trump.
Vale ressaltar que o governo Trump tende a implementar alta carga tributária, já que o presidente enxerga os impostos como uma maneira de impulsionar a economia e proteger empregos.
Em declarações anteriores, ele afirmou que as taxações “não são um custo para você [o cidadão estadunidense], são um custo para o outro país”.
No entanto, as taxas são pagas pela companhia que importa os bens, e não pela estrangeira que faz a exportação. Nesse sentido, acabam sendo impostos que as empresas nacionais pagam para o próprio governo norte-americano.
* Com informações da BBC.
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