O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, e voltou a falar sobre anexar a Groenlândia, um território da Dinamarca. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (13/3), na Casa Branca.
Trump e Groenlândia
- Durante seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, Trump chegou a ventilar a ideia de comprar a Groenlândia. A retórica voltou a ser repetida durante a corrida eleitoral de 2024.
- Apesar de ser uma região autônoma, a Groenlândia faz parte do território da Dinamarca. O país é um dos 32 membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
- Trump argumenta que a anexação da ilha ao território norte-americano é uma questão de “segurança nacional”.
- A Groenlândia é rica em recursos naturais, e já abrigou bases militares dos EUA.
Questionado sobre suas ambições expansionistas contra a região autônoma da Dinamarca, o presidente norte-americano disse acreditar que a anexação realmente vai acontecer, sem dar maiores detalhes.
“Acho que [anexar a Groenlândia] é importante para a segurança internacional”, disse Trump ao lado de Rutte no Salão Oval da Casa Branca.
Sobre o tema, o líder da Otan tirou o corpo fora, e disse que não pretende arrastar a aliança militar para a questão.
“Quando se trata da Groenlândia se juntar aos EUA, eu deixaria isso de fora”, destacou Rutte. “Não quero trazer a Otan para isso”.
Apesar do chefe da Otan se esquivar do assunto, uma possível intervenção norte-americana na ilha autônoma da Dinamarca iria, em tese, contra o principal princípio da aliança militar.
O país europeu onde a Groenlândia está localizada é um dos 32 membros do bloco atlântico. Por isso, as outras nações que compõem a Otan deveriam, na prática, defender o território contra possíveis ataques, como prevê o artigo 5º da aliança militar.