O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, designou, nesta quarta-feira (22/1), os Houthis como grupo terrorista. A medida foi tomada por meio de um decreto, conforme divulgado pela Casa Branca.
Entenda a questão:
- Grupo Houthis, que teria apoio do Irã, foi designado como terrorista por Trump, em 2021.
- O ex-presidente Joe Biden retirou a designação.
- Os Houthis fizeram uma série de ataques a navios no Mar Vermelho.
- Trump voltou a considerar os Houthis como uma organização terrorista.
Os Houthis são uma organização fundada na década de 1990 e baseada no Iêmen. A organização surgiu como um grupo político que era liderado por Hussein Badr Eddin al-Houthi, quando houve a primeira revolta dos Houthis contra o então governo do Iêmen, no início dos anos 2000.
Eles ganharam destaque recentemente após uma série de ataques contra navios no Mar Vermelho. Até um porta-aviões dos EUA foi alvo deles. Por causa disto, os Estados Unidos se viram obrigados a formar uma coalizão internacional para conter a ameaça do grupo, ainda no ano passado.
Cerco aos Houthis
A designação dos Houthis apoiados pelo Irã como organização terrorista foi feita por Trump no início do primeiro mandato dele, em janeiro de 2021. No entanto, a medida havia sido revertida pelo democrata Joe Biden.
“Como resultado da fraca política da administração Biden, os Houthis dispararam dezenas de vezes contra navios de guerra da Marinha dos EUA, lançaram numerosos ataques a infraestruturas civis em países parceiros”, acusou Trump no documento emitido pela Casa Branca.
No decreto assinado por Trump ficou determinado que haverá uma cooperação regional para que a capacidade operacional dos Houthis seja eliminada. Também houve ordem para que sejam revisadas parcerias não governamentais e contratos operacionais com o Iêmen.
O presidente Trump também mandou que sejam encerradas todas as relações dos EUA com entidades que façam pagamentos aos Houthis.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro do ano passado, o grupo já atacou cerca de 60 embarcações de países que têm ligações com Israel ou países parceiros, em uma ação que eles alegam ser de apoio ao povo da Palestina.