Entre os líderes revolucionários iranianos mortos após ataques aéreos israelenses está o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã, Hossein Salami. A morte dele foi confirmada pela TV estatal iraniana.
Considerado um dos homens mais poderosos do país, Salami comandava a principal força armada da Guarda Revolucionária desde abril de 2019.
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A Guarda Revolucionária é uma divisão das Forças Armadas iranianas, com seus próprios ministérios e unidades navais e aéreas. Ela foi fundada após a Revolução Islâmica de 1979. No entanto, os Estados Unidos acusam a organização de envolvimento com grupos considerados terroristas, como o Hamas e o Hezbollah.
Além de Salami, o governo iraniano confirmou a morte de Gholam-Ali Rashid, comandante estratégico das Forças Armadas; Dr. Mohammad Tehranchi, supervisor do projeto do Plano Amad — voltado ao desenvolvimento de armas nucleares; e Fereydoon Abbasi, ex-chefe da Organização de Energia Atômica do Irã. Todos foram mortos nos ataques realizados por Israel.
Ataques
Após meses de ameaças, Israel elevou a tensão no Oriente Médio e realizou bombardeios contra o Irã nesta quinta-feira (12/6). A operação militar acontece oito meses depois de os dois países, que são rivais históricos, se atacarem mutuamente.
Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram o ataque, classificado-o como “preventivo”. Os alvos, segundo militares israelenses, teriam sido instalações “nucleares em diferentes áreas do Irã”.
No texto, as FDI sinalizaram que o ataque pode ser apenas o início de uma campanha contra o Irã. “Em pouco tempo, dezenas de jatos concluíram a primeira etapa [do ataque], que incluiu ataques a dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em diferentes áreas do Irã”, informa.
A mídia estatal do Irã divulgou que o comandante-chefe da Guarda Revolucionária (IRGC) do país, Hossein Salami, o comandante sênior do IRGC, Gholamali Rashid, e os cientistas nucleares Fereydoun Abbasi e Mohammad-Mehdi Tehranchi morreram em decorrência dos bombardeios.
Depois do ataque desta quinta, Israel decretou estado de emergência no país e fechou o espaço aéreo. Isso, porque há alguns dias o Irã se mostrou pronto para retaliar qualquer ataque contra seu território – o que incluiria não só alvos israelenses, como também bases norte-americanas espalhadas pelo Oriente Médio.