O prefeito Ricardo Nunes (MDB) sancionou nesta terça-feira (17/6) uma lei que dá o nome de Praça Giovanna Bezerra da Silva, para uma área verde no bairro de Sapopemba, na zona leste da cidade.
Giovanna era estudante da Escola Estadual de Sapopemba e morreu assassinada durante o ataque a tiros contra o colégio, em outubro de 2023.
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A adolescente costumava jogar vôlei com os amigos na praça, que fica ao lado da casa onde ela morava.
“A praça em frente da nossa casa era o ponto de encontro depois das aulas, nos finais de semana. Onde ela e os amigos andavam de patins, bicicleta, jogavam vôlei, dançavam, brincavam de correr ou se reuniam para comer”, contou a mãe da adolescente, Mariza Aparecida de Carvalho Silva, em uma carta anexada na justificativa do projeto de lei.
O PL foi apresentado pela vereadora Edir Sales (PSD), em 2023. A área renomeada fica entre as ruas Campo Azul, Ettore Andreazza, José Lagrange e Eugênio Bosser.
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Movimentação de pessoas no velório de Giovanna Bezerra da Silva, morta em ataque a escola em SP; na foto, de bengala, o avô de Giovanna
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Velório da estudante Giovanna Bezerra da Silva, morta em ataque a escola na zona leste
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Movimentação de pessoas no velório de Giovanna Bezerra da Silva, morta em ataque a escola em SP; na foto, de bengala, o avô de Giovanna
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Movimentação de pessoas no velório de Giovanna Bezerra da Silva, morta em ataque a escola em SP
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Movimentação de pessoas no velório de Giovanna Bezerra da Silva, morta em ataque a escola em SP; na foto, de bengala, o avô de Giovanna
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A adolescente morta durante ataque a escola
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Cartaz com informações sobre o funeral da estudante Giovanna Bezerra da Silva, morta durante ataque a escola na zona leste
Reprodução
Relembre o caso
- Na manhã do dia 23 de outubro de 2023, um aluno da Escola Estadual Sapopemba entrou armado no prédio e disparou contra os estudantes do local.
- A adolescente Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, foi atingida com um tiro na nuca e morreu.
- Outras duas estudantes também foram baleadas, mas sobreviveram aos ferimentos. Um quarto aluno se machucou levemente ao fugir do prédio.
- O autor dos disparos, de 16 anos, foi preso no mesmo dia e deu diferentes versões sobre os motivos para o ataque.
- A arma usada no atentado pertencia ao pai do adolescente.
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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Fachada da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Movimentação de policiais e imprensa nos arredores da Escola Estadual Sapopemba, onde ataque a tiros deixou aluna morta
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Atirador invadiu escola estadual em Sapopemba, matou aluna e feriu outros dois
Renan Porto/Metrópoles
Investigação sobre o caso
O aluno responsável pelo ataque à escola cumpre medida socioeducativa na Fundação Casa desde 2023. No ano seguinte ao atentado, em 2024, um adolescente português foi apontado pelo Ministério Público de Portugal como líder do grupo onde o brasileiro anunciou o ataque e acabou preso na Europa.
A participação de outras pessoas no planejamento do ataque também foi investigada pela Polícia Civil de São Paulo, mas mais ninguém foi preso.
O Metrópoles apurou que o avanço da investigação conduzida em São Paulo foi prejudicado pela falta de cooperação da plataforma Discord, que não enviou à Polícia Civil as mensagens trocadas dentro da rede social e que registravam o ataque sendo planejado.
Em nota, o Discord afirma que colaborou de “forma proativa com o Ministério da Justiça do Brasil na investigação” e auxiliou as autoridades portuguesas na identificação e prisão de um dos responsáveis por organizar o ataque.
“O Discord mantém um diálogo contínuo com o sistema judiciário brasileiro, incluindo o Ministério da Justiça e a Polícia Civil de São Paulo, e estamos abertos a novas aproximações por parte das autoridades que investigam o caso, para seguir cooperando”, afirma a nota enviada pela empresa.
Na semana passada, a Polícia paulista encaminhou para a Justiça os autos do inquérito do caso. O objetivo é que, uma vez autorizado pela Justiça, o relatório do caso seja encaminhado à Polícia Federal, que tem outro inquérito aberto sobre o tema.