Os investidores brasileiros podem estar prestes a perder uma opção no vasto cardápio de ações da B3. Responsável por grandes redes de fast food no Brasil, como Burger King, Popeyes e Subway, a Zamp (ZAMP3) poderá deixar de vez a bolsa brasileira.
Pelo menos, é o que deseja o maior acionista da companhia, o fundo árabe Mubadala.
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Após quase três anos desde a última tentativa, a discussão sobre uma potencial oferta pública de aquisição de ações (OPA) voltou à mesa do fundo dos Emirados Árabes Unidos.
No último domingo (25), a Mubadala Capital confirmou que avalia a possibilidade de realizar uma OPA para o fechamento de capital da empresa.
Na semana passada, rumores de uma potencial oferta pelas ações da Zamp já haviam levado os papéis ZAMP3 às alturas. As ações da operadora de restaurantes saltaram 16,94% no pregão da última sexta-feira (23), cotadas a R$ 3,59.
Desde o começo do ano, a valorização da Zamp na B3 já ultrapassa os 54%, avaliada hoje em pouco mais de R$ 1,4 bilhão. Ou seja, um valor de mercado quase 80% inferior em relação à sua estreia na bolsa.
ZAMP3: Mubadala quer a dona do Burger King fora da B3
Em 2022, o Mubadala chegou a fazer uma oferta pelas ações da Zamp, mas acabou desistindo da operação. Agora, quase três anos depois — e após uma vitória nos planos de tirar a Zamp do Novo Mercado da B3 —, o fundo árabe está de volta na tentativa de assumir o trono da companhia.
Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Mubadala Capital afirmou que ainda não há decisão tomada em relação à realização, de fato, da potencial OPA na Zamp (ZAMP3).
No entanto, caso aconteça, a ideia é abocanhar até a totalidade das ações da dona do Burger King no Brasil atualmente em circulação no mercado.
Com um total de US$ 330 bilhões em ativos sob gestão, o Mubadala é o principal acionista da Zamp (ZAMP3). Hoje, o fundo detém cerca de 71,5% do capital da operadora do Burger King no país.
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Os termos da potencial OPA na Zamp
Na avaliação do fundo árabe, uma faixa de preço de R$ 3,30 a R$ 3,50 por ação estaria em um “preço justo” para a oferta pelas ações da dona do Burger King no Brasil.
Isto é, um prêmio de até 14% em relação às cotações da última quinta-feira, antes dos rumores da OPA tomarem força no mercado na semana passada.
Nessas condições, o Mubadala deveria desembolsar entre R$ 381 milhões e R$ 404 milhões para comprar o restante das ações da Zamp e se tornar, enfim, o único sócio da companhia.
Mas os valores ainda devem ser “apurados oportunamente em laudo de avaliação a ser elaborado por empresa especializada independente”.
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