O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (29) que, na reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), na véspera “ficou combinado” que a equipe econômica terá dez dias para apresentar ao Congresso um “plano alternativo” ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Na visão de Motta, tal plano deve ser duradouro, consistente e “evitar gambiarras tributárias só para aumentar a arrecadação“.
A declaração foi dada no perfil do X do deputado, antes de ele chegar à Câmara para a reunião de líderes. Uma das pautas centrais desta reunião, inclusive, são os projetos apresentados pela oposição para derrubar o decreto do governo que aumentou o IOF.
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Motta indicou que, na reunião da quarta, reforçou a “insatisfação geral” dos deputados com a proposta do governo Lula. “Relatei que o clima é para derrubada do decreto do IOF na Câmara”, indicou.
Na quarta,, Motta classificou o aumento do IOF como uma medida “infeliz”.
De outro lado, ele destacou os “impactos” de uma eventual votação dos projetos da oposição.
“Todos sabem que o Parlamento tem um grande incômodo com medidas que venham sempre visando ao aumento de impostos. Há de nós certo esgotamento com essas medidas”, disse.
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Lula precisa debater IOF
O presidente da Câmara defendeu ainda que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, entre no debate sobre o IOF.
Segundo Motta, após o prazo de dez dias, os parlamentares poderão decidir o que vai ou não entrar na proposta. O presidente da Casa destacou ainda que, se a proposta não mudar, o Congresso pode sustar a medida com um projeto legislativo.
O parlamentar afirmou que a Casa espera medidas mais “estruturantes” como alternativa, visando a responsabilidade fiscal. Segundo Motta, o Brasil está cansado de tantos impostos e “não aguenta mais”.
Questionado sobre o Congresso eventualmente sugerir medidas para o governo, o parlamentar frisou que a equipe econômica é que tem responsabilidade de discuti-las.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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