O PL de Jair Bolsonaro virou esperança dos aliados de Glauber Braga (PSol-RJ) para tentar salvar o mandato do deputado fluminense, após o Conselho de Ética da Câmara aprovar parecer pela cassação do psolista.
Nos bastidores, deputados de esquerda prometem procurar lideranças do PL para argumentar que a cassação de Glauber abriria um precedente perigoso na Câmara, que poderia atingir parlamentares bolsonaristas no futuro.
Segundo aliados de Glauber, antes da votação no Conselho de Ética, parte do PL estaria disposta a apoiar uma pena mais branda que a cassação, como a suspensão do mandato. Essa ala da sigla de Bolsonaro, porém, recuou.
Para lideranças do PSol, o PL teria recuado após articulação do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), que tem sido acusado por Glauber de estar por atuando para que a cassação do psolista seja aprovada.
Segundo aliados de Glauber, Lira estaria ajudando o PL na articulação para fazer avançar, na Câmara, o projeto da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro.
Lira nega envolvimento
O ex-presidente da Casa, porém, tem negado qualquer envolvimento no processo. O deputado alagoano também promete acionar a justiça por conta da insinuação.
“De minha parte, refuto veementemente mais essa acusação ilegítima por parte do Deputado Glauber Braga e ressalto que qualquer insinuação da prática de irregularidades, descasada de elemento concreto de prova que a sustente, dará ensejo à adoção das medidas judiciais cabíveis”, diz Lira em nota.
Na nota, o ex-presidente da Câmara lembra que Glauber é alvo de processo disciplinar por ter agredido fisicamente e expulsado, aos chutes, um militante político que visita o Congresso Nacional.