Quem olhou para a bolsa brasileira nesta segunda-feira (9) viu as ações da Petrobras (PETR4) subindo mais de 2% ao longo da tarde. A promessa de novos estímulos econômicos da China e a queda do regime de Bashar Al-Assad na Síria impulsionam as commodities no pregão de hoje, beneficiando os papéis da petroleira, com a perspectiva de maior demanda.
Mas não foi nenhum desses motivos que motivaram o Goldman Sachs a fazer uma revisão da tese de Petrobras e reiterar a recomendação de para as ações da companhia.
O banco reajustou estimativas para petroleira após a divulgação do Plano Estratégico 2025-2029. O Seu Dinheiro detalhou a proposta quando ela foi divulgada e você pode conferir aqui.
O Goldman também leva em consideração a depreciação do real ante o dólar e o cenário macroeconômico atualizado.
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Dividendos fartos?
Quando revelou o Plano Estratégico para os próximos cincos anos, a Petrobras indicou o pagamento de dividendos ordinários na faixa entre US$ 45 bilhões e US$ 55 bilhões — um aumento de 22,2% com relação ao máximo que seria paga no plano até 2028 (de US$ 40 bilhões a US$ 45 bilhões).
O Goldman projeta uma distribuição ainda mais farta do que indicou a própria petroleira.
Segundo o banco, o novo plano implica valores superiores a U$ 55 bilhões e US$ 60 bilhões e um dividend yield (rendimento dos dividendos) de 14% para 2025 e de 12% para os próximos três anos.
Mas como nem tudo são flores, o analistas fazem um alerta: “Isso, por sua vez, poderia impor um limite no espaço para a distribuição potencial de dividendos extraordinários daqui para frente”.
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Outras previsões para a Petrobras
Outras estimativas do Goldman para a Petrobras permanceram basicamente inalteradas.
“Nossas estimativas de fluxo de caixa livre para 2025 permanecem essencialmente inalteradas em U$ 12,2 bilhões, o que leva a um fluxo de caixa anual de 14%, implicando o que consideramos razoáveis 5 pontos porcentuais”, diz o banco.
Os analistas calculam que, se a Petrobras for comparada apenas com pares europeus, isso implicaria em um spread de apenas 2 pontos porcentuais ante a média da Shell, British Petroleum e TotalEnergies.
Neste cenário, o Goldman diz reconhecer que há um espaço limitado para uma reavaliação, especialmente no contexto de preocupações do mercado com um cenário de excesso de oferta de petróleo no próximo ano — o que poderia trazer efeitos negativos e riscos para os preços da commodity no médio prazo, a menos que o mercado comece a precificar a probabilidade de uma privatização devido às eleições presidenciais em 2026.
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