O governo Trump discute se traficantes de facções como PCC e CV que forem presos nos Estados Unidos cumprirão pena no megapresídio do Centro de Confinamento de Terroristas (Cecot), em El Salvador, na América Central. A medida entrará em vigor caso esses criminosos passem a ser tratados como terroristas, o que está em análise.
Fundados em São Paulo e no Rio de Janeiro, tanto o PCC quanto o CV possuem braços internacionais não só nos Estados Unidos como em outros países estratégicos para importação e exportação de entorpecentes como cocaína.
Inaugurado em julho de 2022 pelo governo de Nayib Bukele, aliado de Trump, o Cecot tem capacidade para 40 mil pessoas. Cerca de mil agentes penitenciários, 600 soldados e 250 policiais da tropa de choque vigiam a “superprisão” em El Salvador.
Desde a inauguração, a instalação tem sido alvo de críticas de grupos de direitos humanos. A alegação é que os presos seriam maltratados e não teriam seus direitos garantidos. No local estão os prisioneiros mais perigosos do país, cumprindo penas de até 700 anos.
Agora, a prisão poderá ser o destino de traficantes do PCC e do CV que, presos nos EUA, seriam deportados para o Cecot.