As mudanças recentes no alto escalão do Nubank (ROXO34) foram só a ponta do icebergue da reestruturação no banco digital. Para 2025, o objetivo da fintech é ir em busca da eficiência — a começar pela simplificação da estrutura de gestão.
Segundo o co-fundador e CEO, David Vélez, a meta é reduzir a verticalização extrema do banco, que chegou a se ver com até 14 níveis de gestão. Não à toa, Vélez optou por cortar pela metade os níveis de cargos de liderança no Nu.
“É demais para uma empresa que precisa ser ágil, tomar decisões rapidamente e tem tanto crescimento pela frente. Reduzimos os níveis pela metade e aumentamos de forma significativa a velocidade com que estamos avançando”, disse o executivo, em entrevista à Bloomberg News.
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O próprio retorno do fundador ao comando executivo do banco foi um passo na direção de simplificar os processos e acelerar o ritmo de crescimento da empresa.
Ainda assim, ele concorda que a repercussão das recentes saídas de diretores possa ter gerado um ruído entre o mercado.
Nesta semana, o Nubank anunciou a saída de Youssef Lahrech dos cargos de presidente e diretor de operações (COO), após quase seis anos no banco digital.
A saída do executivo aconteceu quase dois meses após a volta de Vélez ao comando da liderança do banco — que veio acompanhada de uma verdadeira reestruturação no alto escalão.
Ao longo dos últimos meses, executivos como Jag Duggal, então diretor de produtos, Jorg Friedemann, diretor de relações com investidores, e Elita Ariaz, diretora jurídica, também deixaram suas posições no banco.
Os planos do Nubank para o alto escalão
Apesar da reestruturação, o objetivo do Nubank não é enxugar o quadro de funcionários.
A expectativa é que o banco contrate novos executivos para o alto escalão nos próximos meses para impulsionar os planos de expansão internacional.
Segundo o executivo, o Nubank deve aumentar o número de funcionários em cerca de dois dígitos ao longo de 2025.
Um dos figurões que devem assumir posição na empresa nos próximos meses é Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central. O executivo assumirá a cadeira de vice-presidente do conselho e chefe de políticas públicas globais a partir de julho.
“Estamos trazendo um novo conjunto de executivos para a nova fase”, acrescentou o CEO.
*Com informações do Money Times e Bloomberg.
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