A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) do Pão de Açúcar (PCAR3), realizada nesta segunda-feira (05), aprovou por 303.412.393 votos a destituição integral do antigo Conselho de Administração — um dos principais objetivos do empresário Nelson Tanure, responsável por articular a convocação da reunião por meio do fundo Saint German.
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Apesar da vitória, Tanure também enfrentou uma derrota: não conseguiu emplacar a nova chapa que havia costurado nos bastidores.
Dois dos três nomes ligados diretamente a ele, Pedro Borba e Rodrigo Tostes, acabaram retirando suas candidaturas antes da votação, esvaziando a tentativa de consolidar controle sobre a nova composição do conselho.
“Optamos apenas por eleger um candidato independente e de nossa confiança, com profundo conhecimento do mercado de varejo, como forma de proteger nosso investimento, tendo em vista o cenário difícil que antevemos para o GPA”, disse Tanure à agência de notícias Reuters.
Rafael Ferri conseguiu um lugar à mesa
Já Rafael Ferri surpreendeu: conquistou a maior votação individual entre os candidatos ao conselho, com 320,8 milhões de votos, e garantiu uma das nove vagas — em uma eleição feita sob o sistema de voto múltiplo, que acabou sendo adotado por requerimento dos acionistas durante a assembleia.
Além disso, outro nome ligado ao grupo de Ferri também conseguiu um assento no conselho: Edison Ticle.
André Coelho Diniz, diretor do grupo varejista mineiro Coelho Diniz, também foi eleito. A família havia feito duas indicações.
A proposta de manter o número de nove conselheiros foi aprovada anteriormente, e a composição segue esse formato.
Os outros nomes aprovados foram: Marcelo Pimentel (atual CEO), Ronaldo Iabrudi, Christophe Hidalgo, Helene Bitton, Sebastián Los, André Diniz e Líbano Barroso.
Muito conhecido dos pequenos investidores da bolsa nas redes sociais, Ferri já popularizou entre os ‘sardinhas’ teses de investimento como a da empresa de educação Cogna, além da própria Casas Bahia quando ainda se chamava Via Varejo.
No passado, Ferri chegou a ser condenado pela CVM por manipulação de mercado no caso da chamada “bolha do alicate”, como ficou conhecida a valorização e posterior queda da empresa de utensílios domésticos Mundial.
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