O Dia das Mães está chegando e, com ele, aquela dúvida clássica: o que dar de presente?
A data, considerada a segunda mais importante para os varejistas — só perde para o Natal —, deve movimentar cerca de R$ 37 bilhões nos segmentos de comércio e serviços, segundo estimativas da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Mas, independentemente da decisão sobre o presente ideal para a mãe, uma coisa parece certa em 2025: o mimo vai sair, preferencialmente, de uma loja de bairro, da feirinha artesanal ou daquele pequeno negócio da esquina.
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Segundo pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em parceria com a PiniOn, 43,7% dos consumidores brasileiros pretendem comprar em pequenos estabelecimentos, e a maioria vai às compras presencialmente (60,8%).
“A maior propensão [dos brasileiros] a comprar de forma presencial, em pequenos estabelecimentos, beneficiaria especialmente o comércio mais tradicional”, afirma Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.
Além disso, entre os que planejam comprar presentes, 39,7% pretendem gastar mais do que no ano passado, enquanto 34,2% vão gastar menos.
Em São Paulo, os pequenos negócios também têm motivos para estarem otimistas com o Dia das Mães.
De acordo com um levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), 59% dos consumidores de pequenos negócios planejam desembolsar mais em 2025 em relação a 2024.
“Isso é um sinal de que a economia está aquecida, apesar de a inflação, principalmente de itens alimentícios, ter pressionado o poder de compra da população nos últimos tempos”, disse a coordenadora de pesquisas do Sebrae-SP, Carolina Fabris Ferreira.
Presenteando com estilo (e batom, e chocolate, e flor…)
A pesquisa do Sebrae-SP aponta que o gasto médio com presentes será de R$ 298,20, um aumento real de 3,5% em relação a 2024. O levantamento também destaca os itens preferidos: cosméticos (47%), roupas (41%), chocolates e flores (35%), e bijuterias (27%).
Já a pesquisa da ACSP indica que, em termos do nível de gasto, a maioria (77,6%) pretende gastar entre R$ 50,00 e R$ 600,00 — preferencialmente em vestuário (52,9% das intenções). Presentes pertencentes à área de beleza, além de joias e bijuterias, continuam sendo lembrados para as mães e perfazem cerca de 58,2% das intenções.
A pesquisa da Associação Comercial indica, no entanto, uma redução no interesse por móveis, eletrodomésticos e eletrônicos na comparação com 2024 (de 45,1% para 38,4%), possivelmente devido ao aumento dos juros. Chocolates (15,5%) e flores (combinados, 27,5%) seguem como opções populares para o Dia das Mães.
Menos parcelamento, mais consciência
Em relação às formas de pagamento, o levantamento da ACSP mostra uma redução na disposição para realizar compras parceladas, quando comparado a 2024.
A maioria dos entrevistados (69,4%) prefere utilizar dinheiro em espécie ou cartão de débito para as compras. Embora o pix tenha se tornado uma alternativa crescente, o pagamento à vista continua sendo a opção preferida dos consumidores.
A diminuição no uso de parcelamentos pode estar relacionada ao aumento significativo das taxas de juros e ao elevado endividamento das famílias, o que limita o acesso ao crédito.
“A intenção de comprar na data aumentou moderadamente em relação à pesquisa do ano passado, refletindo a situação financeira mais difícil enfrentada pelas famílias, num contexto de juros altos, elevado endividamento e fortes aumentos de preços de produtos básicos”, explicou Ruiz de Gamboa.
Em síntese, segundo ele, as intenções de compra para o Dia das Mães continuam apontando para maior preferência por artigos de menor valor, menos dependentes do financiamento via crédito.
*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
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