A taxa Selic no Brasil tem se mantido em patamares elevados nos últimos anos, e agora pode chegar aos 15% ao ano se o consenso de mercado se confirmar em relação à decisão do Copom na próxima quarta-feira (18).
Para Samuel Pessôa, doutor em economia e pesquisador macro do BTG Pactual e da FGV Ibri, existem bons argumentos para que o Copom justifique tanto a manutenção dos juros em 14,75% quanto uma alta para 15% ao ano.
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O que deve orientar essa decisão é a necessidade do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, de sinalizar as suas prioridades neste momento.
“Eu avalio que o que vai desempatar é a necessidade de se construir uma reputação”, afirmou Pessôa em entrevista ao podcast Touros e Ursos desta semana.
A Selic nas alturas
Pessôa caracteriza a persistência de juros tão altos no Brasil de “armadilha da Selic”, um dos pilares da macroeconomia “disfuncional” do país.
Um dos motivos para essa persistência da taxa básica nas alturas seria a situação permanente de excesso de demanda do Brasil, com a economia operando “a plena carga” por um longo período.
Mesmo com juros altos, a demanda continua crescendo, como se viu no período de 2007 a 2013, e se vê agora também.
A pergunta de 1 milhão de dólares é: o que fazer para resolver essa situação?
Os argumentos para essa decisão, os “touros” e “ursos” da semana e mais explicações sobre a “armadilha da Selic” você encontra no episódio completo disponível no canal do Seu Dinheiro no YouTube e no Spotify.
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