Nesta semana, o Ibovespa ultrapassou os 140 mil pontos e atingiu o recorde histórico em termos nominais. No entanto, esse marco não reflete o maior patamar registrado em termos de fundamentos, como o múltiplo preço/lucro (P/L).
Segundo Larissa Quaresma, analista da Empiricus, o índice ainda está “descontado”. “Quando desconsideramos Petrobras e Vale, o P/L do Ibovespa está em 8,2 vezes — entre um e dois desvios padrão abaixo da média histórica”, afirmou.
“É um bom momento para entrar na bolsa brasileira e, inclusive, aumentar o risco [da carteira]”, completou.
Bolsa brasileira dá sinais de início de um novo ciclo estrutural
Nesse sentido, a analista identifica uma série de fatores que justificariam uma alta sustentável e longeva da bolsa brasileira – que estaria apenas em seu início.
Em primeiro lugar, existem sinais concretos de que a alta na taxa Selic na última reunião do Copom foi a última deste ciclo. Isso já fez preço nos ativos e deve continuar conforme o mercado começa a vislumbrar cortes no juro.
“À medida em que começaremos a ver sinais de queda da Selic, começaremos a ver o mercado embutindo isso no valuation das empresas. Com a Selic menor, o custo financeiro das companhias é menor e os lucros devem ser revisados para cima”, explica a analista.
Além do impacto positivo nos resultados das empresas, a queda na taxa básica de juro brasileira reduz a atratividade da renda fixa – e deve fundamentar a volta do investidor pessoa física à bolsa brasileira.
“Nos últimos 12 meses, foram R$ 35 bilhões de resgate em fundos de ações e R$ 50 bilhões de resgate em fundos multimercados. Isso bate na bolsa. A pessoa física só vai parar de resgatar quando ver as taxas de renda fixa caírem. É uma pena que a manada só entra depois que vê boa parte do rali para trás”, disse.
Outro fator que deve manter a atratividade dos ativos brasileiros nos próximos meses, segundo a analista, é a aproximação do ciclo eleitoral.
“A probabilidade de vitória de um governo pró-mercado tem preço. Vimos no começo do ano uma deterioração muito grande da popularidade do governo e, quando começava a melhorar, houve a crise de corrupção no INSS”, afirmou.
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Investidores estrangeiros devem continuar a aportar no Brasil
Por fim, a volta do investidor estrangeiro à bolsa brasileira, que tem ocorrido, não deve parar por aqui. O Brasil é beneficiado relativamente pela guerra comercial e se tornou um dos destinos do fluxo de recursos que tem saído das economias mais afetadas.
“Estamos há 10 anos fora do portfólio dos investidores gringos. O EWZ, que, com algumas poucas diferenças, é o Ibovespa em dólares, está 80% abaixo da máxima histórica registrada em 2014”, lembra a analista.
Pelos fatores mencionados, Quaresma vê o investidor estrangeiro “com muitos motivos para continuar a alocar recursos no Brasil”. Em 2025, inclusive, a bolsa local teve 15 pregões consecutivos de saldo positivo de dinheiro vindo do exterior.
Quais ações comprar neste cenário?
Diante de um cenário econômico que aparenta estar cada dia mais otimista para a renda variável no Brasil, a analista Larissa Quaresma selecionou 10 ações para que os investidores possam ter a chance de capturar a alta da bolsa.
São papéis de empresas de qualidade e que, na visão da analista da Empiricus Research, ainda têm muito potencial de valorização.
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