Em meio a uma crise de popularidade revelada por pesquisas recentes, o presidente Lula tem discutido com aliados estratégias para tentar melhorar a avaliação do seu terceiro governo.
Da presidente do PT, Gleisi Hoffman, e de outros petistas, por exemplo, Lula ouviu que o governo precisa buscar “pautas mais populares” para melhorar seu desempenho nas pesquisas.
Para aumentar o popularidade até as eleições de 2026, o governo federal prevê uma série de medidas que miram desde o público de baixa renda até a classe média.
Uma das principais apostas é a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, que ainda não foi enviada pelo governo. Outra aposta é o anúncio do “Vale Gás”, previsto para abril.
Domingo no Torto
Preocupado com o resultado das pesquisas, Lula convocou Gleisi e ministros para uma reunião de última hora, no domingo (16/2), na Granja do Torto, residência de campo da Presidência em Brasília.
Participaram do encontro:
- Rui Costa, ministro da Casa Civil;
- Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais;
- Sidônio Palmeira (Secom);
- Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado;
- Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
Durante a reunião, o ministros apresentaram a Lula dados sobre a avaliação do governo. O presidente, segundo relatos, demostrou estar preocupado com os números de sua popularidade.
No encontro, auxiliares e aliados de Lula culparam a comunicação e a equipe econômic. A avaliação é de que medidas como a “taxação das blusinhas” e a crise do Pix teria prejudicado a avaliação do governo.
Apesar do diagnóstico, aliados de Lula avaliam que ainda dá para reverter os resultados. Eles lembram que Jair Bolsonaro atingiu 53% de reprovação e perdeu para Lula nas urnas por uma diferença pequena.
Datafolha ruim
A reunião na Granja do Torto ocorreu dois dias após o Datafolha divulgar pesquisa mostrando que a aprovação ao governo Lula caiu ao nível mais baixo desde o início de seu terceiro mandato.
Segundo o levantamento, atualmente 24% consideram a gestão do petista ótima ou boa, uma queda de 11 pontos em relação ao resultado registrado em dezembro de 2024 (35%).
Já o percentual dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo, ou seja, a reprovação, avançou de 34% para 41%. Os demais consideram o governo regular (32%) ou não opinaram (2%).