São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB) enviou para a Câmara Municipal de São Paulo uma proposta de reajuste salarial para o funcionalismo de 2,6% para ser aplicado em maio deste ano. O texto prevê um segundo reajuste, de 2,55%, a partir de maio de 2026.
A proposta causou reação de sindicatos que representam categorias de servidores municipais, que alegam que o aumento não cobre a inflação acumulada desde o último reajuste. O IPC-Fipe, que mede a variação de preços no município, entre março de 2024 e março de 2025 foi de 5,16%.
O reajuste vale para servidores ativos e aposentados com direito à paridade. Diante do envio do projeto, os sindicatos estão organizando uma paralisação do funcionalismo para a próxima quarta-feira (16/4). Antes do envio do projeto de reajuste, uma paralisação com indicativo de greve estava marcado para o dia 25 de abril.
“Sem diálogo e com total desrespeito às servidoras e servidores, [a prefeitura] enviou um projeto de reposição salarial que não cobre nem a inflação do período”, diz um comunicado do Fórum de Entidades Representativas do Funcionalismo Municipal de São Paulo.
Os sindicatos também criticam o fato de a gestão municipal apresentar a proposta em meio à campanha salarial da categoria. As entidades alegam que não houve diálogo antes do envio do projeto. Uma manifestação já havia sido organizado no dia 2 de abril.
A proposta da categoria é de 12,9% de reajuste salarial, além do fim do que chamam de “confisco” de 14% sobre os aposentados e pensionistas.
Além do reajuste geral aos servidores, a gestão Nunes propôs a revalorização de 6,27% do valor do abono complementar do “Quadro do Magistério Municipal, Classe dos Docentes, pertencente à Categoria 1, do Quadro dos Profissionais de Educação 3 QPE”.