Você certamente já se pegou olhando para o teto em algum momento da vida. Oportunidades raramente faltam. Pode ser quando você está na cama, ainda de cabeça cheia enquanto tenta adormecer. Pode acontecer no sofá ou num poltrona, enquanto você pensa na vida. Aí você está lá, viajando nas ondulações do teto, quando repara em uma marca ou estrutura que nunca tinha visto antes. Será que tem um sótão ali?
É provável que muitos economistas tenham vivido um momento assim nos últimos dias. Uma parcela considerável dos participantes do mercado enxergava na taxa Selic a 14,75% ao ano um teto para o ciclo de alta dos juros atravessado pelo Brasil a partir do segundo semestre do ano passado. Outra parte defendia um último ajuste para cima.
No início da noite de ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) confirmou que havia um sótão acima do teto.
O colegiado elevou a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 15% ao ano. A decisão de elevar a taxa básica de juros ao nível mais alto em 19 anos foi unânime.
Simultaneamente, o Copom sinalizou que, se tudo caminhar conforme se espera, a decisão marca o fim do ciclo de aperto monetário. Diante disso, os investidores já começam a tentar antecipar quando os juros vão começar a cair.
Enquanto isso não acontece, a Julia Wiltgen conta para você quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, no CDB e no LCI com os juros a 15% ao ano.
Também na quarta-feira, o Federal Reserve manteve a taxa básica de juros nos Estados Unidos dentro da banda entre 4,25% e 4,50% ao ano.
Embora a decisão fosse esperada, os investidores não gostaram da hesitação do presidente do Fed, Jerome Powell, durante a entrevista coletiva concedida logo em seguida ao ser questionado sobre quando os juros começariam a cair.
A indicação de que o Fed ainda vai esperar para ver levou Wall Street e o Ibovespa a devolveram os ganhos da tarde para fechar em leve queda.
No entanto, você só vai precisar se preocupar com isso amanhã. Hoje, devido a diferentes feriados, os mercados financeiros permanecerão fechados tanto no Brasil quanto nos EUA.
Enquanto isso, o encerramento das operações de garantia de aluguel do QuintoAndar, o QuintoCred, oferecido a imobiliárias parceiras, pegou o mercado de locações de surpresa.
Para a reportagem especial de hoje do Seu Dinheiro, a Monique Lima foi atrás de especialistas para entender quais as vantagens para os inquilinos e os proprietários das novas garantias de aluguel oferecidas por empresas como Loft, QuintoAndar e CredAluga, e também destrinchar os modelos tradicionais de fiador, caução e seguro-fiança.
Outros destaques do Seu Dinheiro
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