A mulher que deixou uma ave silvestre contaminada com o vírus da gripe aviária — Influenza Aviária de alta Patogenicidade (APP) –, na Unesp, no dia 16 de junho, foi identificada e já está passando pelos protocolos sanitários. O caso foi identificado na última segunda-feira (23/6), em Jaboticabal, no interior de São Paulo.
A informação foi confirmada pela prefeitura da cidade. Segundo a administração municipal, as autoridades de saúde estiveram na residência da mulher e iniciaram os protocolos sanitários, seguindo as orientações do Ministério da Saúde. Além da mulher, a administração municipal também investiga se outras pessoas tiveram o mesmo tipo de contato para implementar as medidas sanitárias necessárias.
Ainda de acordo com a Prefeitura de Jaboticabal, a mulher foi quem deixou a ave marreca-cabocla nas dependências da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da Unesp. O animal foi levado para o setor de Patologia de animais selvagens.
Ainda de acordo com a administração municipal, amostras foram colhidas sob responsabilidade do serviço veterinário oficial da Coordenadoria de defesa Agropecuária e encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, em Campinas.
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“Ressaltamos que, até o momento, não há registro de transmissão da gripe aviária entre humanos no município”, diz o posicionamento da prefeitura.
Um comitê de crise foi montado e a Secretaria da Saúde começou o monitoramento recomendado pelas autoridades sanitárias “para prevenir riscos à população”.
Gripe aviária em SP
- O primeiro caso positivo de gripe aviária registrado no estado de São Paulo em 2025 foi confirmado no dia 13 de junho, em Diadema, na região metropolitana.
- O vírus foi encontrado em uma marreca da espécie caneleira. A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento atuou rapidamente no isolamento da ave, sendo esta examinada com colheita de amostras.
- A ave foi encontrada sem reação à presença humana e apresentava sinais clínicos como dificuldade de voar, letargia e com alterações respiratórias e neurológicas.
- Diante do caso, a Defesa Agropecuária frisa que em se tratando de foco de IAAP em ave silvestre, não ocorre embargos nas exportações de carnes e ovos, não sendo alterado o status sanitário de São Paulo e do Brasil perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
- O governo de São Paulo garante que não há risco à população nem impacto na produção avícola, e que o consumo de carne de aves e ovos é seguro.
- Por meio do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA), a Defesa Agropecuária mantém contato permanente com as equipes técnicas da Secretaria de Saúde, Secretaria do Meio Ambiente e Administrações de Parques e Zoológicos do Estado, além de Organizações Não Governamentais afim de manter-se atualizada e disponível aos esforços conjuntos nas ações de enfrentamento à IAAP.
- O órgão ainda divulgou algumas orientações como o pedido para que a população siga as orientações do Serviço Veterinário Oficial (SVO) e não toque em aves que possam apresentar os sinais clínicos. Além disso, a Defesa Agropecuária pediu para que os civis não manipulem aves doentes ou mortas e acionem o órgão imediatamente em caso de alguma suspeita da doença ou identificação das aves.
- Por fim, a defesa reforçou que o consumo de aves e ovos não transmite a doença.