O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), não se comprometeu a instalar, neste momento, a comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre o escândalo das fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O caso foi revelado pelo Metrópoles e motivou investigação da Polícia Federal (PF), que levaram ao afastamento e demissão do presidente do órgão, Alessandro Stefanutto.
Durante reunião de líderes nesta quinta (30/4), Motta afirmou que existem outras 12 CPIs aguardando instalação na Câmara, e que a sobre o INSS será analisada, assim como as que foram protocoladas anteriormente.
A iniciativa partiu do deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), que afirmou já ter alcançado as assinaturas necessárias para que o requerimento seja protocolado.
A oposição também colhe assinaturas para uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) sobre o tema, que funcionaria com deputados e senadores.
Entenda a operação
- Uma investigação da Polícia Federal (PF) revelou um esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do INSS.
- De acordo com PF, ao menos 11 associações que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.
- O valor roubado de aposentados e pensionistas, entre 2019 e 2024, pode chegar a R$ 6,3 bilhões.
- Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, foi demitido na última semana depois que uma operação policial resultou no afastamento de servidores e na prisão de seis suspeitos ligados às entidades investigadas.