A Justiça do Rio de Janeiro decidiu que os três homens acusados de executar o advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, serão levados a júri popular. O crime, descrito como um “típico ato de execução sumária” pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), ocorreu em fevereiro de 2024 no Centro do Rio.
A prisão preventiva dos réus, o policial militar Leandro da Silva Machado, Eduardo Sobreira Moraes e Cezar Daniel Mondêgo de Souza, foi mantida. A data do julgamento ainda não foi definida.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), os acusados monitoraram o advogado antes de emboscá-lo e estiveram juntos antes e depois do crime. O TJRJ aponta que o homicídio foi motivado pela atuação profissional de Rodrigo, que teria incomodado interesses de uma organização criminosa ligada a jogos de aposta online.
O crime, segundo a decisão, foi praticado por motivo torpe, com emboscada e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A coluna não conseguiu contato com a defesa. O espaço segue aberto.
Relembre o caso
O advogado Rodrigo Marinho Crespo foi morto com, pelo menos, 18 tiros em 26 de fevereiro de 2024, em frente à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no centro da capital fluminense.
Cezar Daniel Mondego de Souza, Eduardo Sobreira Moraes, e o cabo PM Leandro Machado da Silva foram indiciados pelo homicídio. A Polícia Civil do Rio de Janeiro também pediu a prisão preventiva dos acusados. Todos estão presos temporariamente.
Outros suspeitos são investigados pela Polícia Civil. O inquérito foi desmembrado para identificar e responsabilizar criminalmente os demais envolvidos na morte de Rodrigo.