Moradores da zona oeste de São Paulo fizeram protestos na manhã deste sábado (24/5) contra a derrubada de 6,6 mil árvores para a construção de uma fábrica de vacinas do Instituto Butantan.
As árvores fazem parte de uma área remanescente de Mata Atlântica. Os moradores temem que a retirada ocasione um aumento da temperatura na região e na qualidade do ar, prejudicando a população do bairro. Eles também organizaram um abaixo-assinado contra a medida.
Entenda o caso
- O Instituto Butantan planeja construir um complexo fabril para expandir a sua produção de vacinas
- O complexo está previsto no Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Butantan aprovado em 2021 e prevê a retirada da mais de 6,6 mil árvores nos próximos 20 anos
- As árvores fazem parte de uma área remanescente de Mata Atlântica e deverão ser compensadas com o plantio de novas mudas
- O Instituto argumenta que irá cortar principalmente espécies invasoras e fazer o plantio de árvores nativas
- O projeto, contudo, prevê a redução da área verde total do Instituto é questionada por entidades do meio ambiente
- A expansão do Instituto foi denunciada ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) que acompanha a realização das obras
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Moradores se reuniram na Avenida Vital Brazil, na zona oeste de São Paulo
Reprodução/TV Globo2 de 3
Entidades de defesa do meio ambiente participaram da manifestação deste sábado (24)
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Moradores questionam necessidade de corte de árvores da Mata Atlântica
Reprodução/TV Globo
O corte das árvores deve acontecer ao longo dos próximos 20 anos, ao longo da expansão do instituto que está prevista no seu Plano Diretor de 2021. Como compensação, o Butantan planeja plantar 9,260 mil novas mudas de espécies nativas dentro do seu terreno.
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Todavia, os moradores argumentam que o plantio de novas mudas não será suficiente para compensar o impacto ecológico dos cortes, já que a vegetação hoje fica funciona como um corredor ecológico e o novo projeto deverá reduzir a área de cobertura vegetal do Instituto.
Além disso, a SOS Butantan, que organizou o protesto deste sábado, questiona a aprovação do projeto pelo Condephaat — órgão responsável por aprovar intervenções em áreas tombadas. Para a entidade, há possível conflito de interesse envolvendo a diretoria do órgão municipal e os idealizadores do projeto.