A ministra da Educação da Islândia, Ásthildur Lóa Thórsdóttir, renunciou ao cargo, na quinta-feira (20/3), depois de admitir ter tido um filho com um adolescente há 30 anos. O caso repercutiu na imprensa do país.
Ásthildur Lóa disse em entrevista que teve um relacionamento quando o adolescente tinha 15 anos e ela, 22. Na época, Ásthildur era conselheira de um grupo religioso ao qual o jovem pertencia.
“Já se passaram 36 anos, muitas coisas mudaram nesse tempo e eu definitivamente lidaria com essas questões de forma diferente hoje”, disse a ministra, em entrevista à RUV TV.
A primeira-ministra da Islândia, Kristrún Frostadóttir, afirmou ser “um assunto sério”, e que não iria se manifestar sobre o caso.
Conforme informações divulgadas na mídia local, a primeira-ministra conversou com Ásthildur ainda na noite de quinta, quando a ministra renunciou ao cargo.
O relacionamento entre Ásthildur e o adolescente teria sido mantido em segredo. Ele teria, inclusive, tido contato com a criança nos primeiros meses de vida, mas se afastou da ministra quando ela conheceu o atual marido dela.
Ainda de acordo com a mídia islandesa, documentos apontam que o adolescente solicitou junto ao Ministério da Justiça do país o direito de ver o filho. Apesar disso, a ministra negou a solicitação e, mesmo assim, entrou com um pedido para receber pensão alimentícia do rapaz.
A legislação da Islândia prevê que qualquer pessoa que tenha relações sexuais com um indivíduo que está sob sua proteção (em uma relação de confiança) comete um crime. Se a vítima for menor de 18 anos, a pena pode chegar a seis anos de prisão.