Mês de comemoração: junho tem Corpus Christi, festas juninas e pausa na bolsa; confira quando o mercado tira folga

Junho chegou e, com ele, um dos períodos de comemoração mais tradicionais do ano para os brasileiros. Tempo de pamonha, quentão, canjica, fogueiras e quadrilhas, em festas que carregam tradições e costumes únicos em cada região do país. No Brasil, as festas juninas não movimentam apenas a cultura, mas também a economia.

E, neste ano, os festejos ganham um reforço. O feriado de Corpus Christi, no dia 19 de junho, deve trazer uma breve pausa no mercado tradicional e colocar, pelo menos por um dia, a Faria Lima no ritmo dos arraiais.

Ambas as comemorações — tanto as festas juninas quanto Corpus Christi — têm raízes que remontam à Idade Média e chegaram ao Brasil junto com a colonização portuguesa.

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Corpus Christi, vale lembrar, é uma celebração móvel. Ela ocorre sempre 60 dias após a Páscoa e, embora não seja feriado nacional, muitos estados e municípios adotam o dia como feriado local ou decretam ponto facultativo. Na tradição católica, a data celebra a Eucaristia.

O mês de junho, aliás, é repleto de simbolismo para a fé católica. No dia 13, celebra-se Santo Antônio. Já no dia 24, é a vez de São João, santo que dá nome às festas e inspira boa parte dos festejos juninos Brasil afora. E, encerrando o mês, vêm as celebrações de São Pedro e São Paulo, no dia 29 de junho, fechando o calendário das festas santas.

E o mercado, dança quadrilha?

Quando o assunto é mercado financeiro, as festas juninas não alteram a rotina da maior parte dos municípios. Os bancos e a bolsa de valores continuam funcionando normalmente.

Mas no feriado de Corpus Christi, no dia 19 de junho (quinta-feira), o cenário muda: tanto a B3 quanto os bancos entram em ponto facultativo, e o tradicional vaivém da Faria Lima deve ceder espaço às bandeirinhas e às quadrilhas.

Na prática, na B3, a pausa é geral. Ficam suspensas as negociações nos mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs, derivativos listados e empréstimo de ativos.

Também não haverá registro de operações com títulos do agronegócio, nem contratação, compensação, liquidação ou movimentação de garantias na Câmara B3 e na Central Depositária de Renda Variável.

O mesmo vale para o mercado de câmbio pronto e a Câmara de Câmbio B3 — nada de negociações, registros ou liquidações no dia. 

No Balcão B3, as atividades com títulos públicos federais, além de registros, depósitos, garantias e liquidações em seus respectivos subsistemas, também estarão suspensas.

O Insurconnect, sistema para registro e movimentação de apólices, ficará inativo. E quem planejava investir no Tesouro Direto precisará esperar: também não haverá negociação nem conformação de investimentos durante o feriado.

Por outro lado, os sistemas de infraestrutura para financiamento seguirão funcionando normalmente, sem alteração de horário.

Importante: a bolsa não fará a famosa “emenda”. Na sexta-feira, 20 de junho, o pregão volta ao horário normal — das 10h às 17h no mercado à vista.

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E os bancos?

Para os bancos, o roteiro é parecido. Segundo o calendário de feriados da Febraban, as agências bancárias estarão fechadas no dia 19 de junho.

O atendimento presencial só retorna na sexta-feira (20), nos horários habituais — geralmente das 10h às 16h.

Porém, os serviços digitais seguem funcionando normalmente. Internet banking, aplicativos, caixas eletrônicos e as transferências via Pix continuam operando, inclusive durante o feriado.

Por outro lado, operações que exigem dias úteis, como TEDs e DOCs, estarão suspensas. A Febraban recomenda que quem tiver contas com vencimento na data antecipe os pagamentos para evitar problemas.

Junho: um mês de comemorações

Além das festas juninas e do Corpus Christi, junho é recheado de outras datas importantes, que também movimentam a economia e a sociedade brasileira.

Logo no início do mês, em 5 de junho, é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, uma data criada pela ONU para reforçar a urgência na preservação dos recursos naturais — tema que tem ganhado cada vez mais relevância, inclusive nos mercados.

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Na sequência, no dia 12, vem o Dia dos Namorados, que promete aquecer o comércio, os restaurantes e os serviços, com encontros, jantares românticos e a tradicional troca de presentes entre casais.

No dia 14, entra em cena a solidariedade com o Dia Mundial do Doador de Sangue, um dos marcos da campanha Junho Vermelho. O objetivo é conscientizar sobre a importância da doação de sangue, essencial para manter os estoques dos hemocentros e salvar vidas.

Já no dia 18 de junho é celebrado o Dia do Orgulho Autista, uma data que busca promover a aceitação da neurodiversidade e combater o estigma em torno do autismo. A comemoração surgiu como um contraponto à ideia de que o autismo precisa ser “curado”, e valoriza as diferentes formas de perceber e interagir com o mundo.

Por fim, fechando o mês com reflexão, resistência e orgulho, no dia 28 de junho é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, que relembra o levante de Stonewall, marco na luta pelos direitos da comunidade. 

Confira algumas das principais datas do mês de junho:

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