O Magazine Luiza (MGLU3) perdeu o apelo entre os analistas do BB Investimentos (BB-BI) e acaba de ser rebaixada à “segunda divisão” das recomendações de ações dos analistas.
Foi uma revisão dupla para a varejista. Além de atualizar a indicação de compra para neutro, o banco cortou o preço-alvo das ações para R$ 9,00 ao final de 2025.
Isso não quer dizer que os analistas não vejam potencial para os papéis. Mesmo com o corte, a nova cifra ainda corresponde a uma valorização potencial de quase 27% em relação ao último fechamento.
“Em nosso valuation, continuamos enxergando upside para MGLU3, mas em patamar mais restrito”, disse o banco. “Apesar de entendermos que a companhia está apresentando bons números, optamos por rebaixar a recomendação do papel.”
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O impacto dos juros no Magazine Luiza (MGLU3)
O principal motivo por trás do rebaixamento do Magazine Luiza vem do panorama macroeconômico, que continua apertado em 2025 e deve se estender para o próximo ano.
“Entendemos que a companhia segue com fundamentos positivos, mas sofrendo com os efeitos de um contexto macroeconômico menos favorável para as varejistas”, avaliaram os analistas.
Vale destacar que as ações do Magalu acumulam desvalorização de 65% na B3 em 12 meses.
Para o BB-BI, a expectativa para 2025 é de encarecimento de crédito, com diminuição da concessão de empréstimos e aumento da inadimplência, que já está em patamares elevados.
A combinação desses fatores com o esperado aumento da taxa de desemprego no segundo semestre e a consequente queda na renda das famílias jogam contra o desempenho do Magalu.
Afinal, a empresa possui grande participação de mercado em produtos de maior tíquete, o que aumenta a dependência da disponibilidade de crédito para o aumento de suas receitas.
Além disso, os analistas decidiram ajustar as premissas de crescimento e rentabilidade após um trimestre com rentabilidade acima do esperado e diante de indicadores macroeconômicos mistos para o setor de varejo.
A estratégia do Magalu
Vale destacar que o Magazine Luiza (MGLU3) já tomou iniciativas para mitigar a pressão dos juros elevados.
No início do ano, a varejista anunciou uma operação de alongamento do prazo da dívida de debêntures no valor de R$ 2 bilhões.
A renegociação para o alongamento das dívidas diz respeito aos débitos relacionados à 11ª série de debêntures da varejista.
Agora, os títulos com vencimentos em 23 de dezembro de 2026 passarão a vencer apenas em 23 de outubro de 2028.
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