Em luta contra o câncer, três meses após uma cirurgia de mais de 20 horas para a retirada de tumores, Preta Gil desabafou sobre a luta contra a doença e confirmou que vai para o exterior para dar continuidade ao tratamento.
A artista esteve no palco do Domingão e falou sobre a emoção de participar do programa, comandado por Luciano Huck. De acordo com ela, uma medicação a ajuda a controlar seus sentimentos.
“Só consegui entrar porque estou betabloqueada, eu tomo remédio que bloqueia um pouco minhas emoções, senão é duro de aguentar tudo o que estou passando. Mas é amor, amizade, família. O melhor lugar do mundo é aqui e agora. O ontem já foi, o futuro ninguém sabe o que vai acontecer e só nos angustia”, afirmou.
E completou: “E eu tô lutando hoje, agora e aqui. Só Deus e meus amigos íntimos sabem o que tem aqui por baixo dessa roupa e por dentro dessa alma, mas estar aqui me curou, me deu ânimo, mesmo com todos os problemas e todas as questões”, disse.
Tratamento fora do Brasil
Ainda no palco, a cantora falou sobre o apoio que vem recebendo: “Sou só gratidão por poder estar passando por tudo isso que estou passando, que não é fácil, com o apoio da minha família, dos meus amigos, dos médicos, podendo me tratar com dignidade”, declarou, antes de completar:
“Eu agora entro numa fase difícil, complicada. Porque aqui no Brasil a gente já fez tudo o que podia. Então, agora as minhas chances de cura estão fora do Brasil. E é pra lá que eu vou pra voltar pra cá curada e poder fazer o que eu amo, que é vir aqui cantar, ser jurada, brincar com a minha neta e meus sobrinhos, ver meu filho ser esse homem incrível que ele é”, comentou.
Fé na ciência
Preta Gil também se mostrou confiante no acompanhamento que vai receber no exterior: “Tenho muita coisa pra fazer aqui nessa vida. Então, me recuso a aceitar que se findou pra mim agora. Acho que ainda tenho aí uma caminhada. Acreditar na ciência, nas novas oportunidades que têm fora do Brasil”, pontuou.
E finalizou falando sobre reconhecer ter mais acessos: “Se eu tenho esse privilégio. Eu sei que sou uma mulher privilegiada e tenho essa condição de ir pra fora, eu vou. Porque eu tenho muito amor à vida, a isso aqui. Sei que a gente tem que aprender a lidar com a finitude”, encerrou.