A JBS USA, subsidiária da empresa brasileira JBS (JBSS32), dos irmãos Batista, decidiu testar o apetite do mercado — e se saiu bem. A companhia informou ao mercado que captou US$ 3,5 bilhões com bonds, títulos de dívida em dólar, com vencimento em 10, 30 e 40 anos.
Esta foi a primeira captação feita pelo grupo após a listagem na Bolsa de Nova York, com BDRs negociados na B3.
Segundo o frigorífico, esta foi a maior e mais longa emissão da história da companhia. Em janeiro, a JBS USA já havia captado US$ 1,75 bilhão com emissão de bonds de 10 anos e 30 anos.
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De acordo com fontes ouvidas pela Broadcast, a demanda para os bonds da JBS na transação desta segunda-feira (23) atingiu US$ 16,7 bilhões nos livros de ordens, volume quase cinco vezes maior que a oferta. E isso num dia em que os investidores aguardavam o desenrolar do conflito entre Israel e Irã, com participação dos EUA.
Com isso, a companhia conseguiu reduzir o custo da operação diante ao volume de interessados nos papéis.
Os bonds foram precificados da seguinte maneira:
- US$ 1.250 bilhão, com yield de 5,572% ao ano e cupom de 5,500% ao ano para as notas sêniores com vencimento em 2036;
- US$ 1.250 bilhão, com yield de 6,265% ao ano e cupom de 6,250% ao ano para as notas sêniores com vencimento em 2056;
- US$ 1 bilhão, com yield de 6,415% ao ano e cupom de 6,375% ao ano para as notas sêniores com vencimento em 2066.
Segundo comunicado da empresa, a oferta das notas de cada série está programada para ser concluída em 3 de julho, sujeita às condições habituais de fechamento.
De acordo com a informação da JBS ao mercado, os recursos serão usados para recomprar bonds que vencem em 2027 e 2028 e pagar outras dívidas de vencimentos mais curtos, incluindo notas comerciais. Esta foi a mesma estratégia usada na captação de janeiro.
Segundo bancos de investimento ouvidos pelo jornal Valor Econômico, títulos com vencimento em 40 anos são comuns em operações de companhias americanas, mas esse prazo ainda não havia sido testado por uma empresa brasileira.
O papel da JBS só não é mais longo que um título de cem anos da Petrobras, emitido em 2015, e que os títulos perpétuos, sem vencimento definido, como os do Banco do Brasil.
* Com informações do Money Times
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