O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reagiu na manhã desta quarta-feira (25/6) à tentativa de integrantes do Palácio do Planalto de culpá-lo pela votação da derrubada do decreto do IOF na Câmara dos Deputados hoje.
Conforme a coluna noticiou mais cedo, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), surpreendeu governo e até oposição ao anunciar, na noite da terça-feira (24/6), que votaria a derrubada do decreto do IOF no dia seguinte.
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Ricardo Stuckert / PR
Surpreendidos, integrantes da Secretaria de Relações Institucionais, pasta que cuida da articulação política do governo, avaliaram que a decisão de Motta pode estar relacionada à entrevista de Haddad à TV Record na terça.
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Decisão de Motta de votar IOF pega governo e até oposição de surpresa
Na entrevista, o ministro criticou o projeto que aumenta o número de deputados de 513 para 531. A proposta, já aprovada pela Câmara, será votada nesta quarta pelo Senado.
“Nenhum aumento de gasto é bem-vindo”, disse Haddad.
À coluna, Haddad reagiu e afirmou que a relação entre sua fala na entrevista e a decisão de Motta “não faz sentido”.
“Falei que não devíamos contratar novos gastos com a Selic a 15% (ao ano). Nenhum”, disse o ministro.
Procurado pela coluna, Motta não respondeu. O espaço segue aberto para eventuais manifestações do presidente da Câmara sobre o assunto.