Depois de dar adeus ao nome Mobly, o Grupo Toky anunciou que mudaria o ticker (código) das ações MBLY3 para TOKY3. A estreia era para ter sido nesta segunda (26), mas acabou não ocorrendo.
Agora à noite, o grupo Toky emitiu um comunicado ao mercado que adia em cerca de uma semana o início da negociação das suas ações pelo novo código.
Segundo o documento protocolado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a alteração do ticker para TOKY3 se dará apenas em 3 de junho, próxima terça-feira. A empresa alega questões operacionais da B3.
- SAIBA MAIS: Onde investir para buscar ‘combo’ de dividendos + valorização? Estes 11 ativos (ações, FIIs e FI-Infras) podem gerar renda passiva atrativa
As mudanças na varejista de móveis foram decididas em assembleia geral de acionistas em 30 de abril, a mesma que rejeitou a retirada do mecanismo de poison pill (“pílula de veneno”, na tradução literal) do estatuto da companhia, o que teria aberto caminho para a família fundadora da Tok&Stok tentar adquirir o controle da então Mobly.
Num primeiro momento, a 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem de São Paulo havia concedido liminar que suspendia parte das decisões tomadas nessa assembleia. Porém a liminar foi revogada, o que deu validade a todas as deliberações, incluindo a mudança de nome e ticker da companhia.
A briga entre a Mobly (hoje Toky) e os fundadores da TokStok
As gigantes do setor de casa e decoração, Mobly e Tok&Stok, ganharam os holofotes do mercado nos últimos meses, com a tentativa da família Dubrule — fundadora da Tok&Stok — de tomar o controle da companhia terminando em impasse e acusações mútuas.
Inicialmente, os Dubrule propuseram uma oferta pública voluntária (OPA) para adquirir o controle da Mobly, oferecendo R$ 0,68 por ação. Esse valor representava um desconto significativo em relação ao valor patrimonial da empresa, o que gerou críticas e resistência por parte da atual gestão da Mobly.
No início deste mês, os fundadores enviaram uma carta à Mobly propondo a capitalização da empresa, desde que fosse aprovada uma oferta pública de aquisição (OPA) para compra das ações dos minoritários.
Na proposta — além da oferta de R$ 0,68 por ação —, os Dubrule se comprometeram a aportar R$ 100 milhões na Mobly, caso a OPA fosse aprovada. Também afirmaram que pretendiam converter cerca de R$ 56,5 milhões em debêntures da Tok&Stok em ações da Mobly e capitalizar outros R$ 68,8 milhões referentes a créditos que possuem contra a Tok&Stok.
Apesar do reforço financeiro prometido, a Mobly manteve uma postura cética. A empresa demonstrou preocupação com a possibilidade de diluição das participações de acionistas que optassem por não aderir à OPA proposta pelos Dubrule.
Após apontar possíveis irregularidades envolvendo a família Dubrule, a Mobly obteve aval do conselho para adotar medidas cabíveis nas esferas administrativa, cível e criminal, e sinalizou que pediria o cancelamento da OPA.
Em meados de maio, os fundadores da Tok&Stok decidiram revogar a oferta. A reviravolta foi atribuída à ausência de condições previstas no edital, incluindo a não aprovação da retirada da cláusula de poison pill do estatuto da companhia.
The post Grupo Toky, antiga Mobly (MBLY3), adia estreia do novo ticker TOKY3 para suas ações na B3; veja nova data appeared first on Seu Dinheiro.