O Grupo SBF (SBFG3) impressionou mais uma vez. A dona da Centauro já vinha mostrando resultados robustos desde o primeiro semestre de 2024. Agora, a empresa desfila na temporada de balanços do quarto trimestre com um lucro líquido de R$ 135,3 milhões.
O montante representa um avanço de 6,4% na comparação com o mesmo período de 2023. Já a receita líquida consolidada atingiu R$ 2,2 bilhões no trimestre, uma alta de 2% na comparação anual.
Além disso, a margem bruta consolidada também subiu, passando para 48,2% no trimestre. O resultado é impulsionado por reprecificação, otimização de mix e maior participação de vendas de combos.
Porém, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia totalizou R$ 284,2 milhões no trimestre, um recuo de 2,2% na comparação anual.
Os investidores parecem ter gostado dos números da dona da Centauro. As ações do Grupo SBF passaram o pregão entre as maiores altas do Ibovespa. Na máxima do dia, os papéis chegaram a uma alta de 8,23%.
Por volta das 16h, o SBFG3 apresentava valorização de 5,75%, enquanto o principal índice da bolsa brasileira subia 0,53%.
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Nem tudo o que reluz é ouro…
Apesar do mercado estar indicando animação com os resultados do Grupo SBF, o balanço não fez brilhar os olhos de algumas casas de análises, como Bradesco BBI, Ágora Investimentos e Santander.
Segundo os analistas Pedro Pinto, do Bradeso BBI, e Flávia Meirelles, da Ágora Investimentos, os números do trimestre não justificam nenhuma revisão importante da estimativa. Isso porque as margens vieram em linha com o que era esperado pelo mercado, enquanto a dívida está no caminho certo.
“Uma linha de receita mais tímida já era esperada e não se afastou muito das expectativas do mercado ou das nossas, enquanto a jornada de melhoria da lucratividade/fluxo de caixa continuou a se materializar e também veio em linha”, afirmaram.
Para os analistas, a maior parte da jornada de melhorias da lucratividade da companhia já está em andamento e a empresa agora se dirige para o ano fiscal de 2025 com menos espaço para crescimento e recuperação da lucratividade.
Já os analistas do Santander ressaltaram a ausência de indicadores de maiores expansões e remodelações de lojas, uma vez que “os ventos favoráveis da expansão da margem e da desalavancagem já se esgotaram em grande parte”, afirmam em relatório.
Na visão do banco, o foco dos investidores provavelmente mudará para catalisadores de crescimento de médio e longo prazo, o que pode impactar a companhia.
Apesar disso, o Santander avalia que os números em linha com o esperado demonstram a conclusão bem-sucedida da estratégia de recuperação de margem e desalavancagem do Grupo SBF. Segundo o banco, essa sinalização “poderia impulsionar uma reação de mercado modestamente positiva”.
Assim, as recomendações do Bradesco BBI, Ágora Investimentos e Santander para as ações da companhia são neutras.
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Grupo SBF terá mais resultados robustos por aí? Há quem diga que sim
Contudo, o mercado não está de todo errado com a animação em relação ao Grupo SBF. Para o BTG Pactual, apesar de uma fraca tendência de vendas, o lado positivo veio de outra rodada de expansão da margem bruta, que foi impulsionada por melhores margens em todos os segmentos.
O banco ainda enxerga que a receita líquida pode melhorar nos próximos trimestres. Isso porque os analistas avaliam que há espaço para ganhos de participação de mercado, especialmente com a operação da Nike.
Além disso, as ações estão sendo negociadas com desconto em relação à mediana de seus pares no segmento. Segundo o BTG Pactual, a SBFG3 está cotada em seis vezes o preço por lucro (P/L) da ação, enquanto as varejistas são negociadas em uma média de dez vezes o preço por lucro.
Já Henrique Cavalcante, analista da Empiricus Research, classifica 2024 como o ano da rentabilidade para a companhia, o que deve abrir oportunidades para a empresa neste ano.
“O Grupo SBF encerrou 2024 entregando o que se comprometeu: aumento da rentabilidade e desalavancagem financeira. Por mais um trimestre, a companhia reportou números sólidos, consolidando sua estratégia de eficiência operacional”, disse em relatório.
Em relação ao trimestre, o analista afirma que o Grupo SBF levou a operação para um novo nível de rentabilidade, o que vai prepará-lo para as condições macroeconômicas de 2025.
O Goldman Sachs reforça o coro de elogio à melhoria na rentabilidade. “O trimestre continuou a ser marcado por uma melhora na lucratividade e crescimento moderado da receita, consistente com a meta da empresa para o ano”, avaliam.
Para o BTG Pactual, a Empiricus Research e o Goldman Sachs, é hora de colocar SBFG3 na carteira: os três recomendam a compra dos papéis.
*Com informações do MoneyTimes
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