O fundo imobiliário Mauá Capital Logístico (MCLO11) encerrou o ano passado com a sua primeira emissão de cotas, que levantou uma bolada de R$ 1,24 bilhão. Agora, o FII revela o que pretende fazer com o dinheiro no caixa: o MCLO11 anunciou a compra de quatro galpões por R$ 1 bilhão.
Segundo documento enviado à CVM na noite desta terça-feira (11) o pagamento dos ativos foi dividido em duas partes. A primeira parcela, de R$ 970,24 milhões, foi colocada na mesa já no momento da assinatura do contrato. Os R$ 100 milhões restantes serão pagos após 12 meses da aquisição, mas serão corrigidos de acordo com a variação do IPCA.
Os galpões que vão entrar no portfólio do fundo estão localizados na Rodovia Anhanguera, em Jundiaí (SP); na Rodovia Anhanguera, em Cajamar (SP); na Av. Automóvel Clube, em Duque de Caxias (RJ); e na Av. Patriarca, em Ribeirão Preto (SP).
De acordo com o MCLO11, a área bruta locável dos quatro galpões é de 599.253 metros quadrados. Assim, o preço de aquisição foi de R$ 1.785,56 por metro quadrado.
Os cotistas do FII devem ver o valor dos aluguéis pingar na conta em breve. O fundo revelou que vai receber a integralidade dos aluguéis a serem pagos em fevereiro, referentes ao mês de janeiro deste ano.
Considerando os aluguéis vigentes, o cap rate de aquisição, ou seja, a rentabilidade vinda dos aluguéis é de cerca de 11,0% ao ano.
Ford e Casas Bahia: os novos inquilinos do MCLO11
Segundo reportagem do Brazil Journal, os quatro galpões adquiridos pelo MCLO11 são da Icon Realty, a empresa de real estate de Michael Klein, o presidente das Casas Bahia.
A ligação com a varejista não para por aí. Isso porque, com a compra dos imóveis, a empresa passa a ser inquilina do FII, assim como a montadora Ford, que ocupa o ativo de Cajamar (SP).
Ainda segundo o veículo, a Casas Bahia e a Ford possuem contratos de locação até 2030 e 2032, respectivamente. A gestora do MCLO11, a JiveMauá, afirmou ao portal que ambos sinalizaram que devem estender os prazos de locação.
O MCLO11 é o primeiro fundo da JiveMauá focado no segmento de tijolos. A gestora possui um portfólio de nove FIIs, com R$ 5 bilhões sob gestão e 250 mil cotistas.
Já em relação ao capital levantado através da emissão de cotas, a empresa revelou que os cerca de R$ 200 milhões que sobraram da captação devem seguir para ativos de crédito.
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