A Polícia Civil de Rondônia e do Paraná deflagraram nesta terça-feira (24/6) a Operação Falso 9, para desmontar um esquema criminoso que utilizava nomes de jogadores de futebol, entre eles o de Gabriel Barbosa, o Gabigol, atualmente no Cruzeiro, para fraudar instituições financeiras. O golpe ultrapassou R$ 1 milhão em prejuízos.
A investigação começou após o setor de prevenção a fraudes de uma instituição de pagamentos identificar a abertura de uma conta digital com documentos falsos em nome de Gabigol. Os criminosos solicitaram a portabilidade salarial, desviando valores do atleta para a conta fraudulenta, usada em saques, compras e transferências rápidas.
Do total desviado, apenas R$ 135 mil foram recuperados até agora. Já foram identificados beneficiários diretos do golpe, entre pessoas físicas e jurídicas em cidades como Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Curitiba (PR) e Lábrea (AM), que juntos receberam mais de R$ 287 mil.
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“Falso 9”
O nome da operação remete à posição tática no futebol conhecida por sua movimentação enganosa, uma alusão direta ao modus operandi dos criminosos, que se passavam por jogadores para aplicar golpes bancários sofisticados. O grupo usava dados reais de atletas, documentos forjados e movimentações velozes para dificultar o rastreio e a recuperação dos valores.
A ação policial contou com mais de 100 agentes e cumpriu 86 medidas cautelares, incluindo mandados de prisão, busca e apreensão, quebras de sigilo bancário e sequestro de bens. A ação ocorreu em cinco estados e foi coordenada pelas Delegacias de Repressão ao Crime Organizado (Draco), com apoio do Ciberlab, do Ministério da Justiça.
Golpe digital sofisticado
De acordo com os investigadores, o esquema funcionava com alto grau de especialização: após abrirem uma conta com documentos falsificados, os golpistas solicitavam a transferência do salário da vítima. Assim que o dinheiro entrava, os valores eram diluídos em saques e transferências, dificultando qualquer bloqueio imediato.
A Polícia informou que outras vítimas, além de Gabigol, estão sendo identificadas. O banco alvo do golpe corrigiu a falha no sistema e ressarciu os clientes afetados, que não tinham qualquer conhecimento da fraude.
Os investigados poderão responder por uma série de crimes, entre eles: estelionato eletrônico, uso de documento falso, falsa identidade, organização criminosa, lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 33 anos de prisão.