O hype da Fórmula 1 não se manifesta apenas no sucesso das produções da Netflix. Claro, o lançamento da série documental “F1: Dirigir para Viver” e, mais recentemente, da série “Senna” fomentam o esporte, que está ganhando popularidade também no setor de luxo.
A competição sempre foi um esporte caro e prestigiado. Este ano, porém, marcou um recorde sem precedentes no valor de mercado das principais equipes.
As top 10 do mundo são todas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, segundo dados da plataforma Sportico.
No topo está a Ferrari, avaliada em US$ 4,7 bilhões, seguida pela Mercedes (US$ 3,9 bilhões) e pela Red Bull Racing (US$ 3,5 bilhões).
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Vale ressaltar que uma das principais fontes de receita para as equipes, além das premiações dos campeonatos, é o patrocínio. A maioria tem dezenas deles, com contratos anuais que podem chegar aos US$ 600 milhões.
No terceiro trimestre de 2024, a Liberty Media, grupo de mídia norte-americano que é proprietário da F1 desde 2017, gerou US$ 861 milhões exclusivamente com o esporte, graças à promoção de corridas, aos direitos de mídia e aos acordos de patrocínio.
Os negócios por trás de Lewis Hamilton e Charles Leclerc
Para o negócio da Fórmula 1, vale muito a pena ser “bem visto” por marcas fora do setor esportivo, que pagam caro para se associarem às competições, aos pilotos e a todo o ecossistema das corridas.
O grupo LVMH que o diga. A gigante francesa vai investir mais de US$ 150 milhões por ano em uma parceria de 10 anos com a F1, que entra em vigor em 2025.
De um lado, as marcas de luxo fazem uma injeção de capital que permite o desenvolvimento das equipes e dos pilotos.
Como recompensa, elas têm uma exposição de marca — o tal awareness — relevante em competições de alcance mundial e eventos glamourosos, voltados para um público endinheirado, que se transforma em potenciais consumidores.
Explorar esses novos caminhos é importante principalmente em um contexto em que o luxo não está vivendo os melhores dias.
No comunicado à imprensa, ao anunciar a parceria, a LVMH deixa claro que quer se associar à F1 pelos princípios de “excelência”, “inovação” e “criatividade”.
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“As pessoas, a busca pela excelência e a paixão pela inovação estão no coração da atividade de nossas Maisons e da Fórmula 1. Tanto no automobilismo quanto na moda, relojoaria ou vinhos e destilados, cada detalhe conta no caminho para o sucesso”, afirmou o CEO da LVMH, Bernard Arnault, na ocasião.
Além da LVMH, para 2025, a F1 também fez acordos de licenciamento com a Lego e com a Mattel, além de ter expandido os contratos de patrocínio com a American Express e com o Santander.
*Com informações do Luxury Tribune
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