A família da brasileira Juliana Marins, 26 anos, nega que a jovem tenha recebido ajuda após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia. De acordo com a irmã dela, Mariana Marins, as informações divulgadas por autoridades locais e pela Embaixada do Brasil em Jacarta, no sábado (21/6), não são verdadeiras.
“Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana. A informação que temos é que até agora não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade”, afirmou Mariana, que está no Brasil.
Segundo a família, Juliana está há mais de 40 horas esperando por socorro. Ela foi vista pela última vez às 17h30 (horário local) de sábado, em imagens feitas por turistas com o auxílio de um drone. As imagens reais mostram a jovem caída na trilha.
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Mariana recebeu os vídeos e, acreditando que se tratava de uma informação verdadeira, repassou para a imprensa. Nas imagens era possível ver uma equipe de resgate atendendo a brasileira, que teria recebido água, alimento e agasalho, após mais de 15 horas presa à borda de um precipício. “Todos os vídeos que foram feitos são mentiras, inclusive o do resgate chegando nela. O vídeo foi forjado para parecer isso, junto com essa mensagem associada a ele”, disse.
A família, agora, aguarda o envio de um helicóptero como única alternativa para tentar o resgate. “Gostaríamos de uma atualização das reais informações e estamos preocupadas com a corrida contra o tempo para salvar Juliana”, escreveu a família em nota.
Mariana está relatando o caso por meio de seus stories no Instagram
O órgão responsável pelas buscas, Basarnas, confirmou em nota que a equipe tentou chegar ao local na noite de sábado, mas não encontrou sinais da vítima.
“Ontem à noite, por volta das 19h30, descemos imediatamente ao local para verificar o estado da vítima. No entanto, não havia sinais de ninguém. Descemos a uma profundidade de quase 300 metros e chamamos, mas não houve resposta ou sinal de monitoramento. Também tentamos usar um drone para identificar a localização exata, mas ainda não conseguimos detectar nada. Continuamos no processo de busca”, informou.
As equipes seguem no local realizando buscas minuciosas, segundo o Basarnas, que afirma ainda não ser possível confirmar o desaparecimento de Juliana neste momento. A Embaixada do Brasil foi informada sobre a situação e aguarda novas atualizações.
Procurado, o Itamaraty não atendeu as ligações nem respondeu aos questionamentos do Metrópoles, enviados por meio do número do plantão do Ministério das Relações Exteriores.