A Eve Air Mobility (EVE), subsidiária da Embraer (EMBR3) listada na Bolsa de Nova York (Nyse), assinou seu primeiro contrato vinculativo para a venda de até 50 aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL) com a Revo, operadora de mobilidade aérea urbana de São Paulo, e sua controladora, a Omni Helicopters International.
A primeira entrega está prevista para o quarto trimestre de 2027. Com isso, em breve, São Paulo poderá contar com os “carros voadores“, como são conhecidos, cruzando os céus da cidade, substituindo os helicópteros.
Em nota, a EVE afirmou que trajetos de até três horas de carro poderão ser feitos em apenas 10 minutos com as aeronaves totalmente elétricas.
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O contrato inclui não apenas a venda das aeronaves, mas também todo o suporte operacional e pós-venda oferecido pela EVE.
Atualmente, São Paulo possui mais de 400 helicópteros registrados e cerca de 2.000 decolagens e aterrissagens diárias.
Eve prevê demanda de 30 mil aeronaves em 20 anos
A Eve também divulgou sua previsão para a frota global de carros voadores, que poderá atingir 30 mil unidades até 2045, número necessário para atender à estimativa de três bilhões de passageiros transportados nesse período.
Segundo a Eve, isso deverá gerar uma receita potencial de US$ 280 bilhões.
As projeções fazem parte do primeiro estudo de Perspectivas de Mercado Global de eVTOLs publicado pela companhia, que detalha as tendências de crescimento e demanda no segmento de mobilidade aérea urbana, além de analisar fatores sociais, regionais e aplicações que impulsionam esse mercado em desenvolvimento.
A análise levou em consideração dados de 1.800 cidades presentes no banco World Urbanization Prospects da ONU, informações de cerca de 1.000 aeroportos e mais de 27 mil helicópteros civis atualmente em operação.
Até 2035, mais de 800 cidades terão uma população superior a um milhão de habitantes, representando mais de 2,5 bilhões de pessoas, segundo o documento da ONU.
Esse crescimento intensificará os desafios já enfrentados pelos grandes centros urbanos, afirma a Eve. Em 2024, o tempo perdido anualmente devido a congestionamentos foi significativo em cidades como Londres (226 horas), Nova York (196 horas), Bengaluru (234 horas), São Paulo (222 horas) e Joanesburgo (112 horas).
*Com informações do Estadão Conteúdo
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