O presidente Lula afirmou neste sábado (7) que “está tudo acertado” em relação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
“Você pode estar certo de que vai acontecer exatamente o que nós acertamos, sem brigas, sem conflito, apenas fazendo aquilo o que tem que ser feito, conversar, encontrar uma solução e resolver”, afirmou a jornalistas ao ser questionado se o governo tem uma proposta alternativa para evitar a derrubada da alta do tributo no Congresso. A fala aconteceu durante a viagem de Lula à França.
O presidente afirmou ainda que a questão foi debatida em uma reunião em sua residência, com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), além de outros líderes do governo.
Apesar da declaração, existe a expectativa que o governo apresente alternativas ao aumento do imposto. O ministro da Fazenda deve se reunir com com os principais envolvidos no domingo (8) para avaliar opções.
O objetivo é impedir que a medida seja derrubada no Congresso, onde encontra forte oposição. Já são mais de 20 propostas na Câmara e no Senado para suspender a medida, com apoio de setores como indústria, agronegócio, comércio, bancos e seguradoras.
O pacote econômico seria uma resposta do governo à reação negativa generalizada, tanto no mercado financeiro quanto no meio político. O principal motivo foi o fato de o governo ter decidido apenas aumentar a arrecadação, sem tentar mexer no campo das despesas.
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As alternativas ao IOF
Em coletiva na última terça-feira (4), Haddad decepcionou o mercado ao adiar o anúncio das possíveis medidas alternativas ao aumento do IOF, que estava previsto para aquela tarde.
Na ocasião, o ministro disse que as propostas seriam primeiro apresentadas aos líderes dos partidos da Câmara e do Senado. Depois, as equipes da Fazenda seriam convocadas para fazer os cálculos de impacto e detalhamento das medidas nos próximos dias.
A divulgação, segundo Haddad, ficaria para depois da reunião no domingo (8).
Segundo apurações publicadas pelos jornais O Globo e Valor Econômico, as medidas alternativas incluem mudanças no Fundeb (fundo de financiamento da educação básica), revisão de benefícios tributários e limite a supersalários no funcionalismo público.
Neste sábado, Hugo Motta, disse que é preciso esperar o que o governo vai apresentar na reunião de amanhã.
“Marcamos a reunião por entendermos que o governo precisa de chance para apresentar alternativas ao IOF”, disse ele a jornalistas, que classificou as medidas que sobem o tributo como “infelizes”, sendo mal recebidas no Congresso. “Nós chamamos a atenção do próprio governo”.
Motta disse que é preciso resolver o problema fiscal de curto prazo, das contas de 2025, mas também pensar em mudanças mais estruturais para o longo prazo.
“O Congresso precisa ter a coragem de enfrentar esses temas”, afirmou a jornalistas. “Na bandeira da responsabilidade fiscal, chegou a hora de tomar decisões importantes, estruturantes”.
Com informações de Estadão Conteúdo
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