Donald Trump se prepara para trazer de volta uma medida que já está causando estragos entre as big techs mesmo sem uma confirmação oficial. De acordo com o Wall Street Journal, o governo norte-americano planeja revogar as isenções que permitem a fabricantes globais de semicondutores acessar a tecnologia norte-americana na China.
Se colocada em prática, a medida, que já teria sido comunicada a grandes players da indústria, pode agravar as tensões comerciais já existentes entre os países.
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Empresas como Samsung, Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) e SK Hynix, da Coreia do Sul, são as mais afetadas — mas não as únicas.
Não à toa, os papéis de gigantes do setor de chips operam em forte queda em Nova York nesta sexta-feira (20). Por volta de 16h, as ações da Nvidia caíam 1,27%, enquanto os papéis da TSMC e da Broadcom recuavam 2,11% e 1,00%, respectivamente.
O desempenho dessas ações pressiona a Bolsa de Nova York de maneira geral. Confira o movimento dos mercados aqui.
O que muda com a decisão de Trump
Atualmente, as empresas podem enviar equipamentos de fabricação de chips dos EUA para suas fábricas na China, sem licenças individuais. Com a revogação desta isenção, provavelmente terão que buscar licenças caso a caso ou substituir equipamentos norte-americanos por alternativas japonesas ou europeias.
A matéria do WSJ afirma que as fábricas chinesas mais afetadas fazem parte de uma cadeia de suprimentos global de chips.
Há algumas semanas, a Casa Branca já havia suspendido vendas de chips de alta performance da Nvidia e da Advanced Micro Devices (AMD) para a China.
A ação é descrita como parte de uma repressão do governo Trump ao acesso chinês a tecnologias norte-americanas mais críticas. A ideia é alinhar o sistema de licenciamento de equipamentos de chips ao que a China aplica para materiais de terras raras, segundo autoridades da Casa Branca.
A medida não é vista como uma nova escalada comercial, mas como um processo recíproco.
Diplomaticamente e economicamente, o movimento é descrito como problemático pelo jornal norte-americano. Pequim pode interpretar a revogação do benefício como uma traição ao acordo comercial recente de Londres.
Além disso, a iniciativa pode tensionar as relações com os governos da Coreia do Sul e de Taiwan, aliados dos norte-americanos, cujas empresas fizeram investimentos significativos nos EUA.
A revogação das isenções, no entanto, ainda não é um fato consumado. Há divisões dentro do governo norte-americano. Opositores temem que a medida possa fortalecer as empresas chinesas e dar à China maior controle sobre essas fábricas.
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