Em estudo realizado por cientistas italianos, foi descoberto que a erupção do estratovulcão Vesúvio, na Itália, ocorrida em 79 d.C. transformou o cérebro de uma das vítimas em vidro. Os fragmentos de vidro orgânico foram encontrados no crânio de um homem que morreu há cerca de 2 mil anos no Collegium Augustalium, localizado na antiga cidade de Herculano.
A vitrificação é um evento extremamente raro e nunca tinha sido documentado em tecidos cerebrais de humanos ou animais.
Ainda de acordo com a pesquisa publicada na última quinta-feira (27/2) na revista Scientific Reports, a vítima da avalanche vulcânica foi encontrada deitada em uma cama de madeira, enterrada pelas cinzas vulcânicas.
Geralmente, tecidos cerebrais encontrados em restos humanos são saponificados — os triglicerídeos são transformados em glicerol e sais de ácidos graxos e se assemelham a um sabão. No entanto, no caso do homem, o processo foi diferente.
A vitrificação ocorre quando o material aquece em temperaturas extremamente altas e resfria rapidamente, permitindo que a estrutura do cérebro seja conservada em forma de vidro. As análises revelaram estruturas neurais preservadas e indicaram que a temperatura mínima para vitrificação foi de 510°C.
A pesquisa ainda confirmou que este é o único caso conhecido de vitrificação cerebral preservada na história.
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