O bitcoin (BTC) não para de surpreender. Nesta segunda-feira (16), a principal criptomoeda do mercado alcançou um novo recorde, sendo negociada a impressionantes US$ 107.708,62, de acordo com dados do Coin Market Cap. O marco ocorre pouco mais de uma semana após a moeda digital superar a simbólica barreira dos US$ 100 mil, renovando o entusiasmo de investidores.
O rali foi alimentado por declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Na última quinta-feira (12), em entrevista à CNBC, Trump reafirmou sua intenção de criar uma reserva estratégica nacional de Bitcoin.
“Vamos fazer algo incrível com as criptomoedas porque não queremos que a China ou qualquer outro país — não só a China, mas outros — adotem isso antes de nós”, disse o republicano.
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Bitcoin: o alinhar dos astros
Outro fator que aquece o mercado é a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) anuncie um novo corte na taxa de juros nesta quarta-feira (18), durante sua reunião de política monetária. Taxas mais baixas tendem a incentivar investimentos em ativos de risco, como o bitcoin.
Além disso, o mercado recebeu mais uma boa notícia na última sexta-feira (13), com a inclusão da MicroStrategy no índice Nasdaq 100, um dos principais termômetros das ações de tecnologia nos EUA.
A empresa, famosa por acumular volumes recordes de bitcoin, anunciou recentemente a compra de US$ 1,5 bilhão em BTC, consolidando-se como a maior detentora do ativo entre empresas de capital aberto.
A MicroStrategy tem realizado compras sucessivas de bitcoin há seis semanas consecutivas, ampliando sua participação no mercado. Atualmente, a companhia possui cerca de US$ 45 bilhões em BTC em seu portfólio. Esse posicionamento agressivo impulsionou suas ações, que subiram 6,41% nesta segunda-feira, reforçando o otimismo em torno da criptomoeda.
O cenário também é positivo do ponto de vista político, como a atuação de Trump, que vem movendo as peças estratégicas para favorecer o mercado de criptoativos, alinhando anúncios e nomeações que reforçam o otimismo no setor. Entre suas ações estão a escolha de um presidente para a Securities and Exchange Commission (SEC) — equivalente à CVM no Brasil — com posicionamento favorável às criptomoedas, e a promessa, feita durante sua campanha, de transformar os Estados Unidos na “capital mundial das criptomoedas”. Essas iniciativas estão moldando as expectativas de investidores e impactando o mercado internacional.
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A corrida mundial das criptomoedas
Os Estados Unidos podem estar prestes a criar a maior reserva nacional de bitcoins do mundo. Mas eles não foram os pioneiros e, na fila por essa conquista, há quem queira ultrapassá-los.
El Salvador e Butão já saíram na frente, sendo os primeiros países a apostarem no ‘bitcoin estatal’, enquanto outros legisladores ao redor do globo afinam suas estratégias e avançam com propostas semelhantes.
Recentemente, na Rússia, o parlamentar Anton Tkachev sugeriu a criação de uma reserva nacional de bitcoin, como uma proteção contra riscos geopolíticos e sanções econômicas.
No Japão, a iniciativa é liderada por Satoshi Aoyama, cujo grupo de legisladores propôs usar o bitcoin como uma ferramenta para mitigar instabilidades financeiras globais.
Uma espécie de corrida internacional está se formando. Seu destino ainda é incerto, mas alguns analistas já enxergam uma nova “Era de Ouro das Criptomoedas”. Nesse cenário, não parece tão incrível a previsão de que o bitcoin pode atingir US$ 500 mil ou mais até 2025.
*Com informações da Forbes, Bloomberg e CNBC
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