Os anos de crise das big techs parecem ter ficado para trás — e a “culpa” é da inteligência artificial (IA).
Nesta sexta-feira (24), o presidente-executivo da dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, Mark Zuckerberg, anunciou um salto nos gastos de capital da empresa para este ano, entre US$ 60 bilhões e US$ 65 bilhões (cerca de R$ 384 bilhões), impulsionados pela IA e um novo data center.
O valor é aproximadamente US$ 14 bilhões acima das projeções para 2025, e os analistas estimam que as despesas de capital em 2024 tenham atingido US$ 38 bilhões.
No anúncio, Zuckerberg disse que 2025 será “um ano decisivo para a IA” e que a Meta está construindo um grande data center que “cobriria uma parte significativa de Manhattan” para alimentar as tecnologias da companhia baseadas em inteligência artificial.
Além disso, a Meta trará cerca de 1 gigawatt em computação e terminará o ano com mais de 1,3 milhão de unidades de processamento gráfico, de acordo com o executivo.
“Este é um esforço enorme e, nos próximos anos, impulsionará nossos principais produtos e negócios, desbloqueará inovações históricas e ampliará a liderança tecnológica americana”, escreveu Zuckerberg em uma publicação no Facebook.
E não foram só os gastos da Meta com IA que subiram no anúncio. Durante as negociações intradiárias na Nasdaq, as ações da companhia atingiram uma nova máxima histórica, cotadas a US$ 652. Por volta das 17h52, os papéis subiam 1,32%, a US$ 644,86.
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Big techs de olho no Stargate
A medida é mais um sinal de que as empresas de tecnologia estão acelerando seus investimentos em inteligência artificial depois do Stargate, projeto anunciado nesta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Trata-se de uma parceria que contempla investimentos de US$ 500 bilhões (R$ 2,9 trilhões), para os próximos 4 anos, em infraestrutura voltada para a tecnologia. A iniciativa contará com a participação de outras gigantes de tecnologia: Arm, Microsoft, Nvidia, Oracle, SoftBank e OpenAI.
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Meta fecha com Trump
Embora a Meta não tenha sido incluída no Stargate, Zuckerberg não apenas fez um aceno, mas uma virada completa a favor da política do Partido Republicano nos EUA.
Vale lembrar que Zuckerberg também doou US$ 1 milhão ao fundo inaugural de Trump, marcando uma mudança significativa na postura da empresa, antes mais distante de posições claramente políticas.
“Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos ao redor do mundo que estão perseguindo empresas americanas e pressionando para censurar mais”, afirmou Zuckerberg. Segundo o empresário, “a única maneira de resistir a essa tendência global é com o apoio do governo dos EUA”.
Além disso, o dono da Meta anunciou cinco alterações nas políticas de moderação de conteúdos em suas redes sociais, entre elas, o fim do programa de checagem de fatos que verifica a veracidade de informações que circulam nas redes; o fim de restrições para assuntos como migração e gênero; e a promoção de “conteúdo cívico”, entendido como informações com teor político-ideológico.
*Com informações da Agência Brasil e Dow Jones Newswires
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