Quando Donald Trump disse que sua palavra favorita é tarifa, ele não estava exagerando — basta ver que há semanas esse é praticamente o único tema deste diário.
E mesmo tendo anunciado uma pausa de 90 dias no tarifaço anunciado em 2 de abril e concedido algumas exceções entre as empresas, o republicano não vai parar.
Nesta segunda-feira (14), Trump elegeu seu próximo alvo: o setor farmacêutico.
“Companhias farmacêuticas estão em outros lugares, como China, não mais nos EUA. Não produzimos mais os nossos medicamentos”, disse ele, criticando a dependência internacional do país.
Ele não deu prazo, mas disse que o anúncio deve ocorrer em breve. Segundo Trump, “quanto maiores as tarifas, mais rápido as empresas vêm para cá”.
Mas, se o republicano tira com uma mão, ele dá com a outra.
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Falando em coletiva ao lado do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, o republicano prometeu buscar saídas para um problema que ele mesmo criou: as tarifas sobre o setor automotivo.
“Estou vendo uma maneira de ajudar montadoras de veículos”, afirmou Trump. “As montadoras precisam de um pouco mais de tempo para se ajustar”, disse ele, sugerindo ainda possíveis alterações no acordo comercial USMCA, do qual fazem parte Canadá e México.
“Talvez possamos fazer algo relacionado às partes de veículos dentro do USMCA, não sei.”
Na coletiva, Trump também disse que os mercados precisam de acostumar com as tarifas e que elas já estão dando resultado.
“A Nvidia anunciou investimentos aqui por causa das tarifas”, afirmou.
Parece que ele está convencido de que encontrou a fórmula mágica para os EUA: “Tudo que preciso fazer, é tarifar.”
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