A Casa de Chá de Brasília, na Praça dos Três Poderes, é palco de aprendizagem e turismo ao mesmo tempo. Alunos de gastronomia e turismo usam o local projetado por Oscar Niemeyer na década de 60 para estágios supervisionados.
O café-escola é administrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Distrito Federal (Senac-DF), resgatando o propósito do arquiteto em fazer do local um lugar para encontros e descanso indispensável na Praça dos Três Poderes.
Lourdes Arsky, de 66 anos, viu nos cursos do Senac a oportunidade de realizar o desejo de cursar confeitaria após a aposentadoria.
“Eu era sanitarista, formada em medicina veterinária, e tinha esse desejo de fazer um curso de confeitaria após minha aposentadoria. Eu me aposentei e fiz o curso, depois fiz de cozinha e assim fui passando por vários cursos. Quando abriu a seleção para o curso de práticas operacionais de cafeteria, aqui na casa de chá, eu passei na seleção e fui a primeira candidata a vir para cá”, conta.
Passando por todas as áreas de atuação da casa e agora atuando na recepção, Lourdes explica que os ganhos intergeracionais são grandes por conta da diversidade entre os colaboradores.
“Isso é muito rico. Temos um Brasil que está em um momento de transição, então a faixa etária está aumentando para as pessoas mais velhas e diminuindo a natalidade. Com isso a gente vai ter que trabalhar com pessoas mais velhas, e isso é muito legal. Estou em uma fase mais madura e entrar em contato com as novas gerações é muito legal, porque a gente aprende muito com os jovens e tem a oportunidade de ensinar também.”
Quando observa toda sua carreira profissional, Lourdes diz que todas as suas experiências anteriores seguem somando no momento atual que vive na Casa de chá. “Não importa a idade que eu tiver, o que importa pra mim é estar sorriso e feliz naquele lugar. Me sinto assim aqui, o lugar é belíssimo e eu estou muito feliz do rumo que a minha carreira seguiu.”