Foragido da polícia de Manaus após agredir a namorada, Kaline Milena, Diego Damasceno tentou se justificar em áudio enviado momentos depois do ocorrido. O cantor explicou que o casal precisava ter trabalhado o estresse e que gostaria de ter continuado ao lado da promotora de eventos depois de acertá-la com socos.
“Essa semana você tinha dito pra mim que você estava trabalhando essa questão do seu estresse e faltou pra gente isso, sabe? Trabalhar o nosso estresse. […] Você pediu pra eu sair da sua casa, eu saí, mas eu queria ficar aí. Eu queria ter resolvido isso, ter cuidado de você, tá bom? Me perdoe, te amo”, disse, em áudio.
Na sequência, ele explicou que também estava machucado e que estava com o dente quebrado. “Só acho que eu consegui recuperar meu dente, eu achei ele, mas perdoe meu amor, por favor me perdoe”, descreveu.
Em outro trecho, o artista implora para que Kaline entre em contato com ele e afirma que vai deixar Manaus rumo à cidade natal. Meu amor, pelo amor de Deus, me liga, me liga por favor. Nem que seja pra me xingar, me liga. Tenho que ir para Manacapuru”, completou.
Histórico de violência
A advogada Adriana Magalhães, que acompanhou Kaline na Delegacia da Mulher, afirmou que Diego já tem histórico de violência contra outras mulheres. “Ficamos sabendo aqui na delegacia que ele já responde por outras agressões, inclusive já tem registro por não pagar pensão. A delegada vai pedir a prisão dele. Ele não pode continuar solto”, pontuou.
Adriana também relatou que, após as agressões, Kaline foi deixada no condomínio com o rosto desfigurado. Segundo a advogada, a jovem vai precisar de cirurgia reconstrutora.
“Ela perdeu três dentes da frente, precisou de pontos na boca e vai precisar de cirurgia reconstrutora. Tudo isso por um motivo fútil. Ele ficou com ciúmes de um trabalho que ela fazia nas redes sociais. E trancou ela dentro do carro, subiu os vidros e começou a espancar. Ela lembra até o sexto soco. Depois disso, apagou”, explicou Magalhães.
A advogada destacou, ainda, a importância de denunciar agressões. “Essa foi a terceira vez que ele bateu nela. Se ela não tivesse conseguido fugir, poderia estar morta. Um soco de um homem pode matar uma mulher. Agora esperamos que a Justiça faça sua parte e esse pedido de prisão seja aceito o quanto antes”, falou.
Até mesmo contra Kaline, esta não foi a primeira agressão. O primeiro caso de violência foi registrado em julho de 2024. Meses depois, em outubro do ano passado, Diego chegou a arrancar um dos dentes da mulher.
“A primeira agressão foi dia 25 de julho do ano passado. Aí tinham todos os registros. Aí depois, dia 7 de outubro, na casa dele, em Manacapuru, que ele arrancou o meu dente. E agora essa vez”, relembrou.