O fundador da Microsoft é um ávido leitor. Sua lista de “leituras para o verão” já virou uma das mais tradicionais dos Estados Unidos. Não seria exagero dizer que, para um autor, estar entre as recomendações de Bill Gates é um prestígio tal como ser incluído no clube do livro da Oprah ou na seleção pessoal de Barack Obama.
No começo deste ano, Gates também se lançou no mercado literário através de uma autobiografia, intitulada Código-fonte: Como tudo começou e publicada pela Companhia das Letras aqui no Brasil.
Em publicação em seu blog Gates Notes, o executivo divulgou quais foram as 5 biografias que o inspiraram e o ajudaram a escrever a sua própria. Quase todas já têm versão traduzida em português.
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1) Katharine Graham. Uma História Pessoal, por Katharine Graham
Katharine Graham foi editora do jornal The Washington Post durante mais de duas décadas. Nesse período, acompanhou a apuração do caso Watergate, que levou à renúncia do presidente Richard Nixon, conheceu pessoas como John F. Kennedy e fez história no jornalismo e no contexto político americano.
Sua autobiografia ganhou o Prêmio Pulitzer em 1998 e foi uma das recomendações de Gates por ser um “bom lembrete de que os bons líderes podem vir de lugares inesperados”.
Curiosidade: Graham também era amiga pessoal do bilionário, que a conheceu no mesmo dia em que conheceu Warren Buffett.
O livro tem versão traduzida para o português.
2) Chasing Hope: A Reporter’s Life, por Nicholas D. Kristof
A vida agitada do repórter e correspondente internacional do New York Times, Nicholas D. Kristof, é retratada nas quase 500 páginas dessa autobiografia.
Acostumado a cobrir situações de vulnerabilidade social, conflitos geopolíticos e regimes autoritários, o jornalista viu o pior da Humanidade. Mas a obra fala justamente sobre buscar o otimismo e a esperança.
No post do blog, Gates relembra que um artigo do repórter sobre a morte de crianças por diarreia em países pobres, escrito ainda em 1997, o ajudou a decidir quais seriam os projetos apoiados por sua fundação filantrópica.
Lançado no começo de 2024, o livro não tem versão traduzida por aqui.
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3) A menina da montanha, por Tara Westover
Não é a primeira vez que a autobiografia de Tara Westover é aclamada pelo fundador da Microsoft. E ele também não foi o único a reconhecer o impacto da obra, que entrou para a seleção pessoal de Obama e foi eleito o “livro do ano” pela Amazon em 2018.
A sinopse, por si só, já ajuda a explicar por que o livro recebe tamanho reconhecimento. Ele conta a história de Westover, criada em uma família extremamente tradicional no interior dos Estados Unidos que não permitia que os filhos fossem à escola nem ao hospital.
A autora pisou em uma instituição de ensino pela primeira vez aos 17 anos e trilhou um caminho que a levou até Harvard e Cambridge, duas das universidades mais prestigiadas do mundo.
4) Nascido do crime: Histórias da minha infância na África do Sul, por Trevor Noah
O título da autobiografia de Trevor Noah poderia até parecer um exagero, se não estivéssemos falando da África do Sul na época do apartheid, em que as relações birraciais eram literalmente vistas como crimes.
Nascido de um pai branco e uma mãe negra, o apresentador teve que viver parte da infância escondido, para que seus progenitores não fossem punidos.
“Nascido do crime é a história de um jovem inquieto, que se sente deslocado tanto nas áreas dos brancos quanto nos subúrbios dos negros. É também a história do relacionamento desse jovem com sua mãe destemida, rebelde e fervorosamente religiosa ― uma mulher determinada a salvar o filho do ciclo de pobreza, violência e abusos”, diz a sinopse oficial da obra, publicada no Brasil pela editora Verus.
“Trevor usa sua perspectiva externa a seu favor. Seu ponto de vista transcende fronteiras”, comenta Gates.
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5) Surrender: 40 músicas, uma história, por Bono
Em 40 capítulos (todos nomeados com base em uma música do U2), Bono Vox nos leva de volta à sua infância em Dublin, à morte precoce da mãe e à falta de suporte do pai quando o assunto era a carreira musical do filho.
A trajetória da banda irlandesa é esmiuçada em detalhes, claro, mas o vocalista também fala sobre seu percurso no ativismo, principalmente contra a AIDS e a pobreza.
Gates cita que Bono mostra bastante vulnerabilidade na obra. “Foi um grande exemplo de como eu poderia falar sobre os meus próprios desafios em Código Fonte”, escreve.
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