No ano passado, a Coreia do Sul anunciou a possível descoberta de uma grande reserva de petróleo e gás na costa leste do país. O presidente sul-coreano da época, Yoon Suk-yeol, autorizou o início da perfuração para explorar a região, e estima-se que há até 14 bilhões de barris do líquido natural, o suficiente para suprir o consumo nacional por quatro anos. O geólogo brasileiro Vitor Abreu esteve envolvido no achado.
Atualmente, a Coreia depende de importações de petróleo de outros países para suprir suas demandas energéticas. Além do petróleo, a reserva pode ter uma quantidade considerável de gás natural, ajudando a atender a demanda dos sul-coreanos por até 29 anos.
Apesar do potencial da descoberta, ainda existem algumas incertezas quanto ao achado. Em comunicado à imprensa, Abreu ressaltou os riscos presentes na exploração da reserva. O brasileiro disse que há 80% de chance que o petróleo não possa ser extraído de maneira eficiente, pois a exploração do recurso é complexa e arriscada, nem sempre gerando os resultados esperados.

O processo também enfrenta certa resistência política e financeira. Um projeto dessa magnitude poderia gerar um alto custo aos contribuintes do país, sem a certeza de que traria benefícios à Coreia do Sul. O assunto tem sido pauta entre a mídia local e os políticos da oposição, que demonstram resistência ao tema. Já houveram tentativas fracassadas de exploração na região.
Outra questão que pode atrapalhar os planos é a preocupação mundial cada vez maior sobre o consumo de combustíveis fósseis. A maneira como a Coreia do Sul promoverá a possível exploração do recurso pode gerar críticas ao projeto.
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