O Bradesco (BBDC4) finalmente chegou aos seus dias de glória — ao menos na análise do Citi — acompanhado de mudança de recomendação e um novo preço-alvo, de acordo com relatório divulgado nesta terça-feira (27).
A combinação de melhora das receitas ajustadas ao risco e ganho de eficiência operacional sustenta a nova visão positiva. Com isso, a ação subiu de neutra para compra, com preço-alvo para dezembro de R$ 19,50, ante R$ 13,60.
Para o Citi, “os dias difíceis ficaram para trás” para o Bradesco, citando perspectivas de melhora do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) tanto no curto quanto no médio prazo.
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O banco americano projeta que, até o fim de 2025, as receitas ajustadas ao risco seguirão em trajetória de alta trimestre após trimestre. Três fatores principais devem impulsionar esse movimento:
- Redução no custo de captação, com queda do custo como porcentagem do CDI;
- Melhora na composição da carteira, com maior exposição a crédito não garantido, após período focado em garantias;
- Qualidade de ativos estável, com consistência nos indicadores de inadimplência de estágio 3, quando o devedor não consegue cumprir com as obrigações financeiras, com risco da dívida não ser recuperada.
Bradesco já mostra sinais de melhora no controle de custos
O Citi considera que, a partir de 2026, os efeitos das medidas de controle de custos devem se tornar mais evidentes, por meio de ganho de alavancagem operacional.
O primeiro trimestre de 2025 já mostrou sinais iniciais de melhoria nas despesas operacionais, impulsionado por ajustes iniciados no quarto trimestre de 2023, como a redução da presença física.
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O Citi acredita que essas medidas ainda não estão precificadas pelo mercado, especialmente após um período de receitas fracas entre 2023 e 2024.
Ganhos no curto e médio prazo
Com a combinação de ganhos no curto e médio prazo, o banco deve superar seu custo de capital de 15% já no 4º trimestre deste ano. A estimativa de retorno sobre o patrimônio sustentável foi revisada para 17,5% até o 4º trimestre de 2027.
Além disso, o Citi vê a retenção de lucros como principal motor de reforço de capital.
Com isso, as projeções de lucro para 2025 e 2026 do banco americano foram revisadas para cima em 10% e 12%, respectivamente, com expectativa de ROE de 14,7% em 2025 e 15,5% em 2026.
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